8. AMSTERDAM - visita ao Museu ANNE FRANK (2a parte)
No centro de turismo falaram-me que para conseguir entrar no Museu Anne Frank deveríamos chegar muito cedo ou então deixar para mais tarde no dia. Acreditei e exagerei... abria às 09.00 e às 07:30 eu estava lá, depois de caminhar muitos quarteirões do hotel pelas ruas ainda vazias, com uma ou outra pessoa dirigindo-se ao trabalho de bicicleta. Novamente, o problema maior foi o frio, bem diferente do dia de verão, em 1973, quando a temperatura atípica na Holanda estava a 38 graus positivos e fiquei horas à beira do canal esperando o museu abrir, enquanto escrevia meu diário de viagem (veja link).
paulo פאולו פרנק franke
Um postal noir da área com o "Anexo Secreto" pintado em azul e amarelo. (www.annefrank.org)
Tipo meia hora antes de adentrarmos o museu (enfim!), alguém oferece o livreto, conforme a língua do visitante, às pessoas na fila. Assim, aqueles que pouco conhecem a história de Anne Frank e seu diário têm tempo de inteirar-se antes de ingressarem no museu.
No folheto explicação sobre os caminhos a seguir no museu, que dispensa guias.
Os judeus que se esconderam...
... protegidos por pessoas que trabalhavam no prédio.
Após muitas salas do novo e agora moderno museu, chega finalmente a escada que conduz ao local onde as pessoas se esconderam, com uma estante escondendo a porta. Parei um pouco para examinar os arquivos originais da firma na estante.
Quando visitei o museu em 1973 podia-se tirar fotos (ver link), proibido atualmente, e os aposentos eram vistos com a luz do dia. Agora estão na penumbra, com luzes ou pequenos holofotes focando algo interessante. Em um sentido traz ao visitante a realidade de tantos blackouts pelos quais passaram os que lá viveram, por mais de três anos, até serem delatados.
No seu diário Anne conta da alegria de ter seus recortes de artistas etc. decorando seu quarto.
O famoso diário de Anne, encontrado entre a confusão de como ficou o local quando vieram prendê-los. Miep guardou-o até o fim da guerra, quando entregou para o único sobrevivente do grupo, Otto Frank, o pai que presenteara a Anneli o seu "grande companheiro".
Otto Frank no Anexo em 3 de maio de 1960, postal que comemorou os 50 anos da Casa Anne Frank, em maio de 2010.
De repente em um canto, a estatueta do Oscar atraiu-me a curiosidade (só havia visto um "Oscar" na Disneyland, ganho por Walter Disney).
E no poster a história. Na primavera de 1958, Otto Frank visitou o set do filme "O Diário de Anne Frank" em Hollywood. Em sua autobiografia, a atriz judia Shelley Winters (Sra.Van Daan, à direita na foto abaixo) mencionou a promessa que fez ao pai de Anne na ocasião: "Mr. Frank, se eu ganhar o Oscar pelo meu desempenho no filme, eu doarei a estatueta ao Museu Anne Frank em Amsterdam." E ganhou, e doou - grande e honrosa atitude!
Cenas do filme citado...
... que teve Millie Perkins, escolhida entre centenas de jovens, no papel de Anne Frank.
Os fundos da firma e do Anexo Secreto.
Fui naturalmente um dos primeiros da fila a adentrar o museu... Então vi dezenas de japoneses e logo outras pessoas chegando apressadas. Quando terminei a visita, fotografei a fila que dobrava o quarteirão. Imaginem a multidão no verão!
A vizinha igreja de Westerkerk...
... cujo badalar do sino, Anne cita no seu diário.
Ao lado da igreja, a estátua da menina Anne Frank, vítima do nazismo.
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Anne, cujo sonho seria tornar-se jornalista e escrever muitos livros, não imaginaria o sucesso estrondoso que seu Diário tem obtido através das décadas, traduzido para dezenas de idiomas.
Tem sido dito:
"A pena de Anne Frank foi mais poderosa do que a espada de Hitler"
Anneli teria gostado de saber que a princesa Laurentien da Holanda foi presentada por uma salvacionista com o trofeu "Major Alida Bosshardt" (a salvacionista que escondeu judeus mencionada na postagem anterior). A princesa tem sido incansável no seu trabalho como líder da fundação que combate a falta de interesse pela leitura, a boa literatura.
Tem sido dito:
"A pena de Anne Frank foi mais poderosa do que a espada de Hitler"
Anneli teria gostado de saber que a princesa Laurentien da Holanda foi presentada por uma salvacionista com o trofeu "Major Alida Bosshardt" (a salvacionista que escondeu judeus mencionada na postagem anterior). A princesa tem sido incansável no seu trabalho como líder da fundação que combate a falta de interesse pela leitura, a boa literatura.
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LEIA
"O DIÁRIO DE ANNE FRANK",
"O DIÁRIO DE ANNE FRANK",
À VENDA NAS PRINCIPAIS LIVRARIAS DO BRASIL.
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L i n k s
Minha visita ao Museu em 1973 - a casa onde nasceu Anne em Frankfurt
http://paulofranke.blogspot.fi/2006/09/o-museu-anne-frank-em-amsterdam.html
Os últimos meses e dias de Anne Frank - artigo em espanhol da revista LIFE
http://paulofranke.blogspot.fi/2009/01/os-ltimos-meses-de-anne-frank.html
Minha visita ao campo de concentração de Bergen-Belsen, onde morreram Margot e Anne - veja a sepultura simbólica das irmãs
http://www.paulofranke.blogspot.fi/2013/03/anne-frank-o-dia-em-que-visitei-bergen.html
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Próxima e última postagem da viagem:
Copenhagen - estátua de Hans Christian Andersen.
Estocolmo - Museu do Premio Nobel - a sepultura de Greta Garbo.
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Minha visita ao Museu em 1973 - a casa onde nasceu Anne em Frankfurt
http://paulofranke.blogspot.fi/2006/09/o-museu-anne-frank-em-amsterdam.html
Os últimos meses e dias de Anne Frank - artigo em espanhol da revista LIFE
http://paulofranke.blogspot.fi/2009/01/os-ltimos-meses-de-anne-frank.html
Minha visita ao campo de concentração de Bergen-Belsen, onde morreram Margot e Anne - veja a sepultura simbólica das irmãs
http://www.paulofranke.blogspot.fi/2013/03/anne-frank-o-dia-em-que-visitei-bergen.html
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Estocolmo - Museu do Premio Nobel - a sepultura de Greta Garbo.
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