Blue JEANS - Levi's - De calça jeans, quem... JESUS??
Uma postagem diferente?
Talvez... Sei lá! ... De repente...
Mas de súbito me veio a idéia de escrever sobre calças, camisas ou jaquetas jeans, lembrar-me de suas origens nos EUA e bem mais tarde de quando vieram para o Brasil... Enfim, aqueles que a usaram vão-se lembrar e os que ainda as usam, de todas as idades, talvez vão gostar de saber do que talvez não saibam...
who knows?
Primeira parte
Com a descoberta do ouro na Califórnia, o judeu alemão Levi Strauss decidiu abrir em São Francisco uma loja de tecidos e roupas em 1853, junto com seu cunhado David Stern, fundando assim aquela que viria a se tornar a famosa empresa Levi Strauss & Company.
Lembro-me um tanto vagamente das calças rancheiras ou faroeste que surgiram na década de 50, tentando imitar as jeans americanas. Não me lembro de tê-las usado. Incomodava-me o tecido, que eu comparava a couro. Até que um dia, mais para o final da década de 60, aderi aos blue jeans, já fabricados no Brasil, se não me falha a memória.
Meu irmão, a meu pedido, forneceu-me algo interessante neste contexto, o que transcrevo abaixo:
"Como todo o mundo, víamos filmes americanos, nos anos 60, com Marlon Brando e James Dean e muitos outros artistas que vestiam calças jeans desbotadas pelo uso nos filmes da juventude, calças que não existiam no Brasil. Então, pelo porto marítimo e internacional de Rio Grande-RS, chegava todo esse tipo de novidade, assim como outros produtos de consumo. As calças que comprávamos do pessoal embarcado, sempre de brasileiros, eram as Levi’s Strauss, Wrangler e Lee, marcas que existem até hoje. Às vezes tínhamos que mandar um alfaiate diminui-las. Na foto, com meus 15 ou 16 anos, estou usando uma Wrangler. E fazíamos 'sucesso', pois eram muito difíceis de encontrar."
A primeira foto é de quando viajei para a Europa pela primeira vez, com uma jaqueta jeans emprestada. A segunda foto, quando fiz uma apresentação do meu coral aqui na Finlândia. Era um concerto "country-style" e usei uma jeans que precisavam de suspensórios - pela movimentação no palco, temendo que caíssem... - mas senti tanto desconforto que dei a calça há poucos dias para minha filha recortar e usar na colcha blue jeans que ela está planejando costurar para o quarto de nossa neta adolescente.
Em 1973, quando conheci "a tenente que veio de surpresa desde Nova York", sempre estávamos "uniformizados"... senão com o uniforme salvacionista, usando jeans nos passeios por Sampa.
A propósito de palco, os musicais de Gowans-Larssen nos quais participei no papel do discípulo Pedro - Jesus Folk e Spirit - exigiam que os integrantes usassem jeans, pois ora estavam em pé, ora sentados, ora pulando, ora correndo... só jeans para aguentar a parada!
Meu filho, no meio, também no papel de Pedro, mas no elenco do ano de 2005... montagem diferente do musical "Gente de Jesus", mas as mesmas calças jeans, com direito até a "bocas-de-sino"(?).
Este casaco jeans com forro branco adquiri quando moramos nos States. Gosto tanto que nunca dele me desfaço, ainda que hoje em dia não consiga fechá-lo... na barriga.
Lembro-me de meu filho adolescente quando comprou esta jaqueta Levi's preta e de como gostava de usá-la! Quando um dia, não mais adolescente, quis desfazer-se dela, peguei para mim e, acreditem, ainda a uso no verão finlandês!
Quando viemos morar definitivamente na Finlândia, em 1999, fiquei surpreso em saber que camisas jeans faziam parte do uniforme regulamentar "mais à vontade"! Comprei uma com o nome ES em sueco e mandei bordar uma com o nome em inglês, já que comecei um coral gospel internacional e atividades em inglês.
Bolsos de alguma camisa que não uso mais, agora decoração.
Gosto do tecido jeans, embora não goste mais de usar calças jeans. Aqui, uma lapiseira e uma carteira que às vezes uso em viagens.
Hoje, quando quero ficar à vontade, uso minha calça-cargo verde de tecido mais fino; já a filha, que foi levar-me ao porto quando morava em Estocolmo, aderiu, com minha neta, de vez em quando, aos jeans-rasgados... Aliás, a primeira vez em que vi jeans rasgados foi na Holanda, em 1973, no tempo do hippies.
Quase ao terminar esta postagem, recebi o telefonema de Helsinki, de um primo terceiro, gaúcho, que nos visitou, e também à Rússia de onde voltou ontem. Identifico-me com o simpático primo no sentido de viajar bastante, o que nos rendeu grandes papos. Da grande família Barum, é tio da atriz Karina Barum e da cantora Vanessa Barum. Despedindo-se da Finlândia, contou que deixou duas calças jeans para a loja de segunda-mão do Exército de Salvação (obrigado! rsrs). Boa viagem de volta ao Brasil, primo!
Quase ao terminar esta postagem, recebi o telefonema de Helsinki, de um primo terceiro, gaúcho, que nos visitou, e também à Rússia de onde voltou ontem. Identifico-me com o simpático primo no sentido de viajar bastante, o que nos rendeu grandes papos. Da grande família Barum, é tio da atriz Karina Barum e da cantora Vanessa Barum. Despedindo-se da Finlândia, contou que deixou duas calças jeans para a loja de segunda-mão do Exército de Salvação (obrigado! rsrs). Boa viagem de volta ao Brasil, primo!
Segunda parte
Quando comecei a "rabiscar" esta postagem, procurei nas coleções do "Brado de Guerra - contra todo o mal", do qual por duas vezes fui o redator, o artigo "Jesus de Calça Jeans?", escrito por uma amiga que estudou no seminário do ES comigo, nos idos de 1964.
Ao reler o artigo, publicado no ano de 1984, senti um arrepio... ocasionado tenho certeza por ambos: pela bênção do mesmo e pela saudade dessa amiga com a qual perdi o contato já há um bom tempo.
Não deixe de lê-lo, pois este de fato é imperdível... e de uma atualidade mais do que as famosas calças jeans!
Meus filhos, criaturas maravilhosas que o Senhor colocou no meu caminho - a fim de amenizar minha jornada e conseguir levar a cabo minha missão na terra - deixam-me encabulada com suas perguntas.
A menina é uma criança dócil, fala pouco e é sempre muito enigmática; é muto difícil conhecê-la na íntegra e saber o que ela realmente quer.
Certa manhã, enquanto eu, muito atarefada, procurava deixar em ordem a casa, perguntou-me à queima-roupa:
- Mamãe, se Jesus voltasse hoje, ele voltaria de calça jeans? A pergunta me pegou de surpresa e eu comecei a pensar na resposta.
Ela ficou impaciente e insistiu: - Fala, mamãe, ele voltaria de calça jeans?
- Sim, acho que voltaria, respondi.
Ela ficou toda satisfeita e saiu comentando:
- Todo mundo vai gostar, porque os jeans estão na moda!
Fiquei muito preocupada com a resposta que dei e comecei a analisar a história de Jesus, andando a pé, de sandálias nos pés e com uma simples túnica sobre o seu corpo, tendo nascido em uma manjedoura...
Verdade é que todo o mundo ficou com o quadro do Morelli em mente e seu "Cristo Moribundo", sofrido, triste, esquelético, traído, levado à prisão debaixo de cacetada, sendo alvo de zombaria e derrotado como um covarde.
Quero, porém, querido jovem, apresentar-lhe um Cristo igualzinho a você.
Ele era um Cristo líder e independente.
Quando, com seus pais, foi à festa no templo resolveu ali permanecer. Sua mãe aflita o procurou e o encontrou ensinando juízes, advogados e promotores, gente da lei.
Como vemos, não ficou apenas na manjedoura, como um pobrezinho... as circunstâncias fizeram com que ali nascesse, mas cresceu, desenvolveu-se e, com doze anos, tanto ouvia como ensinava.
As sandálias nos pés era a última moda por causa do clima muito quente. Seu cabelo comprido e barba bem cuidada eram moda na época. Sua túnica não era a de um judeu comum, era de um artigo tão fino que na sua morte foi disputada pelos soldados que resolveram tirar a sorte para saber quem ficaria com ela. Diz a Escritura que era uma túnica sem costura e, assim sendo, precisou de uma grande quantidade de pano para ser confeccionada; era muito valiosa.
Ele era companheiro dinâmico e nunca foi considerado um "estraga-prazeres". Foi à pescaria, de barco, com seus amigos; foi à festa de casamento; foi a jantares e, em um deles, o ambiente não era tão refinado assim... até uma prostituta estava presente e ele não a condenou "se fazendo de santo". Ele era santo e a perdoou.
Ele não foi sempre muito passivo; um dia, chegando ao templo, perdeu a "esportiva" e chicoteou todos os que "vendiam seu peixe" naquele lugar sagrado.
Foi um Cristo que gostava de acampar. Uma vez acampou durante 40 dias buscando forças para viver naquele mundo tão diferente de onde viera.
Ele foi um observador; quando o povo colocou suas ofertas no templo observou que os ricos depositavam pequenas esmolas, enquanto que uma pobre viúva deu do pouco que possuia.
Foi um Cristo inteligente; para os lavradores usava elementos naturais como grão de mostarda, arado, cântaro, remendos novos em roupa velha.
Foi cheio de personalidade. Escolheu seus amigos e seguidores, e todos quantos chamou o seguiram sem perguntar para onde e por quê.
E agora que você conheceu o outro lado de Jesus, acha que, se ele voltasse hoje, voltaria de calça jeans?
A Escritura diz que ninguém sabe quando ele voltará, nem mesmo os anjos do céu, mas afirma que "Ele voltará" (Marcos 13:24-27) e se nem os anjos do céu podem dizer quando, eu também não posso afirmar a você se ele virá de jeans... mas uma coisa posso: Jesus Cristo hoje está atuando como seu advogado - tomando sua defesa diante de Deus - mas quando ele voltar, de jeans ou não, Ele atuará como seu juiz.
Prepare-se, então, para recebê-lO.
Celi - Mogi das Cruzes-SP
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L i n k s
Sobre o judeu Levi Strauss, em português:
Em inglês, com menção à morte de Levi Strauss e à doação de sua fortuna:
Calças Faroeste etc.
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