A Finlândia, com seus 338.145 km2 de superfície, é o sétimo maior país da Europa, tendo 1/4 de sua área situada ao norte do Círculo Polar Ártico. Cerca de 70% de sua área é coberta de florestas, principalmente pinheiros, abetos e bétulas (aquela linda árvore de tronco branco, popularmente chamada de a árvore com papel de parede). Preservador rígido de seu meio-ambiente, por lei para cada árvore que é cortada, outra ou outras devem ser plantadas em seu lugar. O nome do país no idioma finlandês é Suomi, enquanto que em sueco é Finland.
Tem 187.888 lagos e 179.584 ilhas. No norte do país o sol não se põe durante 73 dias no verão e não nasce durante 51 dias no inverno. Mesmo na região central ou na mais populosa ao sul essa é a primeira impressão do turista ou de quem vem morar no país: a escuridão no inverno e a luminosidade no verão. O dia amanhece (isto é, um sol fraquíssimo que somente aparece na linha do horizonte) logo depois das 09h00 e às 15h00 já vai desaparecendo. Por muitos meses o cidadão sai de casa para o trabalho praticamente à noite e volta também à noite. No verão, no entanto, ocorre o oposto: depois das 22h00 o sol ensaia uma pequena siesta e logo, pela 01h00 da madrugada, desperta com todo o seu vigor. Há que se acostumar a dormir - quando não se apela a pesadas cortinas - sendo incomodado por um raio de sol no rosto em plena madrugada!
O país possui de forma bem definida as quatro estacões do ano: a primavera que explode em flores por todos os lados, mesmo dentro de florestas, as primeiras desabrochando muitas vezes debaixo da neve do inverno ainda por derreter-se; o verão almejado pelos finlandeses que vão para as suas cabanas de verão junto ao lago, bronzeiam-se nas praias e nos parques, frequentam restaurantes e cafés que colocam suas mesas e cadeiras nas calcadas (no bom estilo parisiense) e vivem intensamente cada momento dessa época fugidia; o outono, que pinta as árvores de belas cores para depois forrar o chão de amarelo e vermelho, tempo de ir vestindo roupas mais pesadas; o inverno longo, com lindas paisagens vistas das janelas (geralmente amplas) de casas aquecidas. Carros, conducões, estabelecimentos comerciais etc. são igualmente aquecidos, de fato uma questão de sobrevivência. Ainda que se descortinem aos nossos olhos paisagens belíssimas nas moderníssimas e sempre bem-conservadas rodovias, dirigir no inverno requer um certo know-how, e mesmo assim acidentes ocorrem.
A populacão da Finlândia é de 5.291.517 habitantes. A língua oficial é o finlandês, falado por cerca de 95% da populacão, e a segunda o sueco, por cerca de 5%. Se há cidadãos de língua sueca em uma cidade, ela é chamada pelos nomes finlandês e sueco, por exemplo: Helsinki-Helsingfors, Oulu-Uleåborg, Tammisaari-Ekenäs etc., e nessas cidades as plaquetas geralmente mencionam as ruas em dois idiomas, por exemplo onde moramos em Helsinki: Lohjantie, Lojovägen (tie-vägen=caminho), e onde morávamos anteriormente, Frederikinkatu-Fredriksgatan (katu-gatan=rua). A língua dominante pertence ao ramo urálico, falado por 23 milhões de pessoas no mundo, também pelos húngaros e estonianos. Ainda que possuam essa afinidade, não se entendem entre si.
A Finlândia já foi dominada pela Suécia e também pela Rússia, país do qual se emancipou em 1917, sendo o dia 6 de dezembro comemorado como o Dia da Independência. Lutou na "Guerra de Inverno", em conexão com a Segunda Guerra Mundial, contra a Rússia, que anexou a Carélia finlandesa ao seu país, chaga no espírito de muitos carelianos-finlandeses. Conservou-se independente como nacão, apesar de tremendas ameacas, sendo por muitos anos o único país não-comunista a fazer fronteira com a URSS. A tenacidade dos finlandeses fez a nacão vencedora contra o poderoso exército vermelho na Guerra de Inverno, na qual o uniforme de seus bravos soldados era de cor branca para identificar-se com a neve, camuflagem perfeita.
O país tem um regime republicano parlamentarista, semi-presidencialista. A presidente, no momento uma mulher, a primeira a governar o país, só é responsável pela política externa, representando o Estado Nacional. Na Europa a mulher finlandesa foi a primeira a obter o direito do voto, em 1906. Tem estado repetidas vezes no rank do primeiro lugar entre as nacões menos corrompidas do mundo, e de 146 países o primeiro no de transparência mundial.
Possui uma economia de mercado altamente industrializada. O setor-chave de sua economia é o da indústria madeireira, metalurgia, engenharia, produtos eletrônicos e de comunicacão (destaque para a mundialmente conhecida Nokia, que se pronuncia Nôkia e não Nókia). Fabrica navios gigantescos (ferries), além de navios quebra-gelo, necessários localmente mas também exportados para países do hemisfério norte.
Sibelius é o seu mais conhecido compositor, porém há outros expoentes na arquitetura, nos esportes, no teatro, nas artes plásticas, no artesanato etc. O hino nacional da Finlândia tem palavras modestas se comparadas ao hino nacional brasileiro.
O poeta Z.Topelius descreve o povo finlandês: "As suas características mais comuns são tenacidade, forca interna, paciência, determinacão... apego pelo antigo e pelo bem-conhecido, desgosto pelo novo... sentido de dever, respeito pela lei, desejo pela liberdade e honestidade... o finlandês é conhecido por ser reservado e cauteloso. Precisa de tempo para relaxar e conhecer as pessoas, mas depois é um amigo fiel..."
A descricão acima, embora escrita em 1898, ainda é um fiel retrato do povo finlandês. No entanto, esse povo tem mudado, ainda que devagar, pelas circunstâncias da última década principalmente. Quando vivemos neste país pela primeira vez, no início dos anos 90, possuía cerca de 9 mil estrangeiros no país, enquanto que hoje somos mais de 100 mil, aumentando mais e mais devido à União Européia. O aumento de estrangeiros só não é mais considerável, a meu ver, pela exigência na maioria dos empregos do conhecimento do dificílimo idioma finlandês, por exemplo, possuidor de declinacões (enquanto que no idioma português e outros temos as preposicões, no finlandês a palavra modifica-se cerca de17 vezes pelas posposicões agregadas à própria palavra, mesmo aos nomes e sobrenomes). O sueco, que também não é uma língua fácil, é uma opcão para quem quer estabelecer-se no país, porém para a obtencão de emprego a preferência sempre será para quem fala o finlandês. Nota curiosa: o governo paga para estrangeiros aprenderem o idioma. O inglês, como segunda língua da Europa, é bem popular. Impressionante como o inglês ensinado nas escolas, mesmo primárias, é logo aprendido. É comum ver-se criancas e mesmo pré-adolescentes falando com certa fluência o idioma. Os brasileiros somos em cerca de 500, pessoas cujos cônjuges são finlandeses, engenheiros ou técnicos da Nokia, intercambistas, aqueles que aqui fazem seu doutorado ou mestrado ou então gente envolvida em outras atividades.
O Natal é a festa mais comemorada no país, que tem como religião oficial o luteranismo. A mais famosa igreja é a Rock Church, construída dentro de uma imensa rocha (foto)
Em 1927 um locutor de rádio anunciou em um programa infantil que o Papai-Noel vivia em uma determinada cidade da Lapônia, região nórdica (algumas fotos acima são da Lapônia), o que se espalhou pelo mundo inteiro. Hoje, na época do Natal principalmente, turistas dos mais variados países visitam A Cidade do Papai-Noel (já assisti a programas de TV brasileiros filmados naquela área para serem apresentados por ocasião do Natal). E lá turistas praticam esportes de inverno os mais diversos, inclusive andar de snowmobil, em carros puxados por renas, cães, inclusive experimentando alguns pela primeira vez a sauna.
Preferência nacional, a sauna é uma tradicão muito antiga que os antepassados dos finlandeses praticaram já há vários milênios. Tão arraigada está na cultura finlandesa, que muitos apartamentos são construídos tendo a sauna como um dos cômodos, enquanto que muitos edifícios também a possuam, com escala para dia e hora de cada morador. Toda cabana à beira do lago a possui, e é comum no inverno após a quentíssima sauna a pessoa rolar na neve ou entrar no lago congelado através de um buraco no gelo (fiz isso uma vez e nunca mais!!). Atualmente popular em muitos países, infelizmente no Brasil a sauna pode ter uma conotacão não-respeitosa. Tão respeitada é a sauna na Finlândia, que é lembrada como o lugar onde as mulheres davam à luz no passado, um lugar aquecido para dar boas-vindas (tervetuloa- välkommen) aos novos finlandezinhos que nasciam durante o rigoroso inverno.
Considero o povo finlandês um povo bonito. Tem feicões suaves e geralmente olhos azuis. Olhos claros, no entanto, por serem comuns não são elogiados e sim olhos castanhos ou escuros. Mocas do tipo que em outros países poderiam ser candidatas a modelo, por exemplo, podem ser encontradas nos ônibus e bondes, como balconistas, vendendo sorvete ou mesmo limpando pracas públicas como trabalho de verão. Muitas mulheres são condutoras de bondes.
Homens ou mulheres de negócio podem utilizar uma bicicleta ao irem para o escritório. Ainda que o nosso país tenha a fama de país da espontaneidade, as brasileiras não se comparam à parte da juventude finlandesa que em suas roupas adere ao estilo exótico, esculachado, vale-tudo ou o que seja. Aqui o que importa não é o ser belo, mas o ser diferente. Naturalmente se vê pessoas vestindo-se de modo normal ou mesmo elegante, principalmente senhoras da meia-idade. Cores de cabelo podem ser as mais extravagantes possíveis. Nisso vejo um rebelar-se contra as tradicões rígidas dos mais velhos, ativos e sempre querendo impor ordens, de preferência não entregando o bastão para as novas geracões... A longevidade por aqui de fato "perde-se de vista".
A Finnair é a companhia aérea oficial do país, operando desde 1923 e com o recorde 0 zero de acidente aéreo. Ainda que opere em muitos países do mundo, para viajarmos ao Brasil sempre embarcamos em uma aeronave da Finnair que nos leva a um determinado aeroporto na Europa de onde fazemos a conexão para o nosso país. A rede ferroviária estende-se de norte a sul, inclusive com trens de luxo, de dois andares, com cabines e restaurantes. Fato curioso é que há pessoas que deixam seus laptops nas mesinhas diante de seus assentos e vão ao banheiro ou mesmo ao restaurante, sem receio de serem roubadas. Se há algo negativo nessas viagens é o fato de as passagens ferroviárias serem muito caras. Viajar para o exterior é muitas vezes mais barato do que viajar dentro do próprio país (ah, quem me dera viajar mais vezes para visitar minha filha e sua família, que vivem no norte do país!). Viajar de Helsinki a São Petersburgo são apenas 6 horas em um trem russo em cujo restaurante as janelas têm cortinas creio que de veludo e se vê através delas candelabros. As rodovias são altamente bem-conservadas, com possibilidade de se dirigir a até 120km hora. Navios - ferries - são comuns entre a Finlândia e a Suécia ou entre o país e a Estônia ou ainda, no verão, à Alemanha. Viajar neles, no trajeto Finlândia-Suécia, é a fascinacão de quem chega ao país que depois vai virando rotina: cabines de todos os níveis e gostos, restaurantes finos a lanchonetes, cassino, shows diversos, salão de danca, sala de karaokê, shopping-centers duty-free, piscina, sauna, cinema e o que mais se possa imaginar, verdadeiras cidades singrando o Báltico. No verão o convés fica repleto, enquanto que no inverno pode ser um tanto sinistro devido à escuridão, ao vento e à neve ou chuva. E o principal, comentando sobre esses navios, os precos são acessíveis, inclusive se quiser levar o seu carro. Idem para fazer um cruzeiro por um, dois ou mais dias. É, no entanto, para não se ficar nas nuvens, o paraíso dos alcoolistas...
Muito mais poderia se dizer a respeito deste grande-pequeno país. Aos interessados em aprofundar seus conhecimentos sobre o mesmo, recomendo procurar informacões online ou mesmo literatura em língua inglesa ou mesmo portuguesa.
Para finalizar acrescento opiniões pessoais variadas, positivas e negativas - sem obedecer necessariamente a uma ordem - baseadas na minha vivência no país, terra de minha esposa, na primeira vez por 4 anos (na ilha de Åland, entre a Suécia e a Finlândia, província autônoma de língua sueca) e já por 9 anos nesta segunda vez, nas cidades de Helsinki-Helsingfors e Vaasa-Vasa, na costa oeste à beira do Golfo de Botnia.
- Ainda que possa parecer um paraíso sobre a Terra, por pertencer ao Exército de Salvacão (Pelastusarmeija em língua finlandesa e Frälsningsarmén em língua sueca) convivemos com sérios problemas sociais, sendo o principal o alcoolismo, típico dos países nórdicos. Nossa organizacão possui diversos centros de acolhimento e tratamento, sendo que na capital Helsinki destaca-se um edifício com capacidade para 400 pessoas, sempre lotado. Uma fila diária de entrega de pão e mantimentos diversos prova que a pobreza também existe no país, geralmente como consequência do alcoolismo que destrói o indivíduo e sua família. Bêbados não andam isolados, mas em pequenos grupos, cuja presenca em locais públicos causa muitas vezes confusão e embaraco, em espetáculos grotescos; extremamente sujos, provam até que ponto degradante pode chegar um ser humano, muitas vezes provindo de famílias respeitáveis. Jovens são iniciados na bebida muito cedo, infelizmente. Muitos bebem mais do que socialmente, outros "perdem os freios" e enveredam pelo caminho do alcoolismo. Uma grande parte da populacão faz um estoque de cerveja para o final de semana e de segunda a sexta (à tarde) é sóbria e produtiva. Muitos acreditam que a alegria só vem através do álcool...
- Ainda que seja um país luterano, são muitos os nominais que não levam religião a sério, e a consequência naturalmente é desastrosa, principalmente na área moral. A escola dominical é lembranca de tempos passados, pois atualmente a maioria dos pais não se preocupa com educacão religiosa para seus filhos. Ainda que haja muitas igrejas vivas, luteranas ou livres, igreja de modo geral significa, ao contrário do Brasil, algo para velhos e não para jovens, pensamento que muitos finlandeses compartilham, infelizmente, com a maioria dos demais países da Europa. Há, no entanto, muitos jovens e adultos fiéis a Deus e que pagam um preco por sua consagracão. Em suma, ser cristão genuíno e dedicado e dar seu testemunho neste país provavelmente incluirá conhecer escarnio e oposicão. Ou, quem sabe, conhecer uma das perseguicões deste presente século, que é a indiferenca.
- O finlandês é geralmente bem-educado e honesto. Um objeto perdido na rua é deixado em um lado para que o indivíduo que o perdeu volte e o encontre, só um exemplo. Interromper alguém que está conversando com outra pessoa é um grande gaffe. O finlandês de modo quase geral é apaixonado pela leitura, sendo o nível de cultura do povo algo invejável. Há bibliotecas altamente equipadas em todas as cidades do país, inclusive bibliotecas-ambulantes para atingir as zonas rurais. Centros para prática de esportes são comuns, idem rinques de patinacão no inverno, localizados ao ar livre, apinhados de gente nos finais de semana. Cada cidade, mesmo as pequenas, possui no mínimo um centro de esportes com piscina, alguns com piscina olímpica; na capital e em outras cidades há centros aquáticos de entretenimento, abertos ao público mesmo no rigoroso inverno. É bom ir de vez em quando a esses lugares aquáticos - pois é caro o ingresso para se ir muitas vezes - e no inverno, enquanto se nada em uma piscina aquecida "de ondas", ver a neve cair através dos imensos janelões de vidro.
- Muitos finlandeses são tímidos, muitos também são dados à depressão, principalmente pelos longos meses de escuridão que cobrem o país. Viajar durante o inverno para países do Mediterrâneo é algo bem comum e acessível, para muitos uma necessidade. Não é incomum cidadãos mais idosos adquirirem uma propriedade nos países banhados pelo Mediterrâneo e viverem neles durante o inverno finlandês. Em anos mais recentes os finlandeses, como os demais povos nórdicos, têm descoberto outros centros turísticos como as praias da Ásia e do nordeste do Brasil a fim de passarem suas férias. Todos os que trabalham têm direito a 35 dias de férias anuais, distribuídas em 4 semanas no verão (junho, julho e agosto) e 1 semana de férias de inverno (janeiro, fevereiro ou marco). Muitos pais fazem coincidir suas férias de inverno com a semana que as escolas proporcionam aos seus alunos, chamada de a semana para esquiar. O dia após feriados de Natal e Páscoa é também feriado. Há uma versão que diz que o cidadão precisa de um dia, pelo menos, após feriados prolongados, para os que viajam voltarem para casa e se refazerem para a retomada ao trabalho ou à escola.
- Ainda que se saiba que haja racismo, é um racismo velado, o que atribuo em parte à timidez e ao fato de tantos finlandeses serem mais abertos atualmente a outros povos e culturas devido às constantes viagens que fazem ao exterior. Há finlandeses que não gostam e há outros que gostam de estrangeiros vivendo em seu país, acham interessante. A emigracão finlandesa para os Estados Unidos no início do século passado, para a Austrália e mesmo para a vizinha Suécia faz "calar a boca" de alguns. Andar de bonde na capital Helsinki, principalmente, é uma experiência que mostra o quanto o país tem-se tornado multicultural.
- Durante décadas o Brasil (assim como outros países) receberam bons missionários da Finlândia, inclusive meus sogros. Até bem pouco tempo os 6 oficiais finlandeses do Exército de Salvacão da Finlândia que trabalharam em nosso país, como retribuicão, foram substituídos por 3 casais de minha família que vieram do Brasil e aqui trabalham (embora minha esposa Anneli seja finlandesa, tendo ido com seus pais para o Brasil aos 5 anos). Um casal gaúcho, ele parente de um de nossos genros, veio recentemente trabalhar em tempo integral na obra; outro casal, ela irmã de nossa nora, ele trabalhando na Nokia em Oulu, são ambos fiés soldados do Exército de Salvacão em Oulu.
- Finlandeses visionários, no final da década de 20, foram para a América do Sul e estabeleceram comunidades, sendo a que mais prosperou foi a de Penedo, no Estado do Rio de Janeiro, próxima a Resende, hoje uma pequena cidade turística que recebe muitos turistas brasileiros.
- Há muitas curiosidades ligadas aos costumes da terra, uma delas é tirar os sapatos assim que se entra em uma casa. O costume vem por causa do inverno cuja neve sujaria e maltrataria o chão ou ou tapete do anfitrião, mas conserva-se também nas demais estacões. Da mesma forma, os veículos trafegam, por causa da escuridão do inverno, com seis faróis acesas e ...também no luminoso verão. Ao nascer um bebê a mãe recebe do governo uma grande caixa com todo o enxoval do recém-nascido e pode ter licenca-maternidade de até 3 anos se desejar. Uma pessoa que morre tem seu funeral geralmente duas semanas após ter falecido e, depois de ser enterrada, é costume a família convidar os presentes a irem a um restaurante, geralmente bom, onde é oferecido um café com salgados, bolos e tortas (difícil foi "engulir" este costume, que chamo de "festa"). Do falecido/a - que muitas vezes deixa instrucões detalhadas quanto ao restaurante e cardápio a ser oferecido no dia de seu funeral - há a foto e uma vela sobre uma pequena mesa.
- Nos primeiros anos que aqui cheguei, atento às diferencas marcantes entre os finlandeses e os brasileiros, escrevi uma lista das "100 diferencas entre os brasileiros e os finlandeses", permeada de humor e também de respeito, salientando lados positivos e negativos, equilibradamente, entre ambos os povos. Nunca coloquei essa lista na Internet e naturalmente se o fizesse agora "podaria" muita coisa uma vez que o tempo tenha passado e que eu mesmo tenha assimilado uns tantos costumes desta que considero a minha segunda Pátria amada!
Foto que meu saudoso sogro tirou em uma de suas últimas férias em sua amada Finlândia, a qual transformou em posters e presenteou aos 5 filhos.