Minha agenda de trabalho assinalava para o início do mês de outubro uma missão à Lapônia (Lapland). Por nunca antes ter estado no lugar, uni o útil ao agradável, isto é, visitar e pregar em igrejas do Exército de Salvacão em três cidades como também visitar o lugar mais ao norte do mundo onde já pisaram os meus pés (o mais ao"sul" foi Melbourne, Austrália).
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O postal mostra a Lapônia finlandesa, que faz fronteira com as "Lapônias" sueca, norueguesa e também com a Rússia. Comecando no Círculo Polar Ártico, abrange um terco do território finlandês, com 188.000 habitantes. A Lapônia finlandesa é maior do que, postas juntas, a Suíca, a Bélgica e a Holanda.
A famosa Lapônia finlandesa, que atrai multidões de turistas do mundo inteiro, tem como principais atracões o "sol da meia-noite" no verão, quando o sol nunca se põe, as suas magníficas cores no outono (infelizmente, já haviam caído as folhas quando a visitamos), e as inumeráveis atracões de inverno, sendo a principal a vila do "Papai-Noel" (que visitamos, mas que perto do Natal farei uma postagem a respeito), esportes de inverno incluindo esqui, andar de trenó puxado por renas ou cães, ver a aurora-boreal (quando possível) e uma série de outras. Tudo "banhado" à escuridão, pois no mês de dezembro o sol aparece somente por 15min durante o dia. Naturalmente a neve dá o seu o brilho cintilante, atenuando essa escuridão. Quando o inverno é "ameno", a temperatura fica em torno de 25 graus abaixo de zero.
Rovaniemi, a capital da Lapônia, conta com 33.000 habitantes, mas a populacão aumenta consideravelmente com os turistas que vêm principalmente visitar "Papai-Noel" e sua vila (algo como um dos setores da DisneyWorld). Não somente turistas, mas redes de televisão de muitos lugares, inclusive do Brasil, têm vindo filmar o belo lugar para mostrar nos respectivos países durante a época natalina.
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Nossos colegas que lá trabalham consideram um passeio obrigatório levar os que os visitam à vila do Papai-Noel, onde passa o Círculo Polar Ártico, foto que considerei mais importante do que a que tradicionalmente se tira, com o "bom velhinho". Mostrarei a foto perto do Natal, na outra postagem, aliás, saí na foto com "cara de peixe morto", já que não sou muito fã de Santa Claus ou, como o chamamos no Brasil, Papai-Noel.
A foto dá uma idéia de como estava o tempo... um fog gaúcho - ou londrino - me transportava às vezes ao inverno de minha terra natal. O fio que se vê acima é o local exato do Círculo Polar Ártico.
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Mas falar em longe do Rio Grande do Sul... mas bah tchê, o lugar mais perto daqui parece mesmo ser o Polo Norte (North Cape)!
A Igreja Luterana de Rovaniemi, tendo ao fundo o cemitério de 603 soldados da cidade que pereceram na Segunda Guerra Mundial.É famosa a pintura do altar.
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À frente do Exército de Salvacão local, um cartaz anunciando a nossa visita.
O escudo salvacionista no interior do templo com "as cores da aurora boreal" .
Tão "longe do mundo", no entanto algo familiar em uma exposicão de antigas fotos... a Anneli, sentada com seus dois irmãos, e pais e a irmã mais velha (em pé, à direita) tirada em 1958, quando por ocasião de suas primeiras férias missionárias, após 5 anos de trabalho no Brasil (foram em 1953). A filha cacula, que acaba de visitar-nos, nasceu em 1959. A Anneli, com 10 anos, já se sentava como uma mocinha.
Nossos colegas, já aposentados mas incansáveis, dão-se inteiramente à obra tanto espiritual quanto social. Por quê? Porque "a seara é grande e os trabalhadores são poucos", como disse Jesus.
Fomos com eles ver "o lago dos cisnes"... mas onde mesmo estão os cisnes? Nem com binóculos os localizamos, pois já haviam migrado para algum país quente ao sul, certamente para a África, com a aproximacão do inverno que congela completamente lagos e rios. "E depois", perguntei, "ao voltar vão para outro lugar?" "Voltam exatamente para este lago", foi a resposta de minha colega que também "foi para o sul", mas como missionária por 22 anos na Argentina, e voltou para a sua terra natal.
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O que tem de especial esta foto, afinal? Recomendado por uma amiga catarinense do Orkut, que se apaixonou pela Lapônia quando a visitou no inverno passado, visitamos o McDonald's local e...
... ganhamos o postal que diz: "Visitei o McDonald's situado mais ao norte do mundo". No entanto, não comemos nenhum hamburger, mas na casa dos colegas, carne de rena, um dos pratos prediletos dos finlandeses, principalmente desta região.
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Nossa filha Martta hospedou-se - uma semana antes de nossa viagem ao norte - em nossa casa, e em nossa rua vestida de outono tiramos esta foto. E logo a visitamos na linda cidade de Oulu, situada à porta da Lapônia onde moram e trabalham também como oficiais do Exército de Salvacão. E tivemos bons momentos inclusive com os netinhos.
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Martta levou-nos para conhecer o museu de animais empalhados, dentro da universidade onde estuda, museu nota 10!
Gosto de lobos, com seus olhos claros e profundos, mas à distância, claro. Não gosto de ursos, que na imaginacão são uns belos bichinhos, mas que são uns verdadeiros devoradores, e ai de quem os encontrar no meio da floresta! Também não gosto de alces (ao fundo) maiores do que cavalos, que se constituem um constante perigo nas rodovias finlandesas ao atravessarem de um lado para outro, causando terríveis acidentes. Em outra ocasião vimos a cena horrível de um desses acidentes. Em todo o caso, Deus criou os animais ... Como diz uma piada espanhola: Que vengan los toros, mas que vengan en forma de bife! ***
Após o culto na igreja do Exército de Salvacão em Oulu, no domingo, com muitas pessoas presentes, fomos os brasileiros - de 5 estados - comemorar o aniversário da Martta, que nasceu na cidade de Rio Grande-RS, assim como nossa filha Deborah. Momentos felizes com brasileiros, que moram em solo finlandês, saboreando comida chinesa (e não bife!)!
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Nossa missão estendeu-se também à cidade de Kajaani. As fotos "ensolaradas" são da estacão ferroviária. A Igreja Luterana de Kajaani tem estado neste lugar desde sua fundacão, em 1656. Em 1716 a igreja foi destruída pelos russos. A gravura não mostra a beleza do templo, todo construído em madeira. Nossa colega que lá trabalha talvez me remeta um cartão postal para que substitua por este...
... idem do interior do belíssimo templo.
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Viagem de volta. De Rovaniemi a Helsinki, 12 horas, em distâncias finlandesas uma enormidade de viagem; ainda bem que há restaurantes em trens. Cansados, mas felizes com o sentimento de missão cumprida. No próximo domingo, missão na cidade quase fronteira com a Rússia, Kotka (que em finlandês quer dizer águia). E a propósito de viagens e missões, vem-me à mente Isaías 40:29-31, que fala de águia:
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Faz forte ao cansado, e multiplica as forcas ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os mocos de exaustos caem, mas os que esperam no Senhor renovam as suas forcas, sobem com asas como ÁGUIAS, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.
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Finalizando...
Quadro amarelo: 0-10 hab/km2 / quadro rosa: 11-20 hab/km2 / quadro vermelho: 31-45 hab/km2 / quadro roxo: 111-130 hab/km2 (a capital Helsinki/Helsingfors, onde vivemos, situa-se no extremo sul do país)
Meu saudoso sogro, que amava tanto sua terra natal como o Brasil, costumava contar que o mapa de seu país pode ser comparado ao corpo de uma mulher, a mãe Finlândia com sua grande saia. Após a Segunda Guerra, os russos, com quem lutaram, "deceparam" seu braco direito, uma extensão da Carélia, e o seu pé direito, que se estendia quase às proximidades da hoje São Petersburgo (antiga Leningrado).
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L i n k
Desejando saber mais a respeito da Finlândia, visite:
O país nórdico onde vivemos
http://paulofranke.blogspot.com/2008/04/finlndia-o-pas-nrdico-onde-vivemos_19.html