Paulo Franke

30 outubro, 2013

SEPULTURAS de famosos - cuRIosidades e lemBRanças...

No dia de hoje, assistindo pela TV a profissionais maquiando pessoas como zumbis, por pura diversão ligada ao detestável Halloween, penso que tantos os maquiadores quando os que se deixam maquiar nunca viram os mortos em um acidente aéreo, o que eu vi... 

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1. Algumas sepulturas de famosos

2. Lembranças que fazem rir, apesar dos pesares...

3. Curiosidades... morrer era mais "fúnebre" no passado...

3. Final... duas sepulturas, dois comentários e duas mensagens do meu livro "Edificação Diária".

(*) o asterisco após as fotos indica que há postagem respectiva neste blog. ________________

1. Algumas sepulturas de famosos e não

Não "coleciono" sepulturas famosas... mas se estou em um lugar onde fico sabendo que pessoa importante foi enterrada, por que não fazer uma visitinha ao cemitério e fotografar sua sepultura? Isto aconteceu algumas vezes, não muitas..





Em 2010, quando por ocasião dos 200 anos do nascimento de Frederic Chopin, ouvi um recital de piano em Varsóvia e, em Paris, quis visitar sua sepultura no Cimetière du Père Lachaise (*)

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Em 2008, passando por Vevey, na Suíça Francesa, procurei o cemitério onde foram enterrados Charles e Oona Chaplin.


No cemitério pequeno e silencioso, eu era um dos únicos visitantes (*).


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Em abril deste ano, passando por Berlim, quis visitar a sepultura de Marlene Dietrich, a famosa artista alemã do cinema americano que se opôs veementemente ao nazismo


Embora famosa, quis ser sepultada em um cemitério simples do bairro onde nasceu (*).


Veja no link abaixo um video de sua visita ao Brasil, quando cantou em português "Luar do Sertão".

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Também no mês de abril deste ano, visitando minha filha em Estocolmo, reservei um dia para visitar o túmulo de Greta Garbo.


Muito frio e neve, mas encontrei o túmulo. Ao contrário de Marlene, que foi enterrada lado a lado com gente comum, Greta Garbo quis ser enterrada sozinha, típico de sua personalidade, ocupando um grande espaço só para o seu túmulo.


Eu quis ir lá, embora nunca tenha sido fã da primeira artista estrangeira a ir para Hollywood, mas lembrando-me de que Greta quando adolescente pertenceu a um grupo que tocava violões e cantava no Exército de Salvação/Frälsningsarmén em Estocolmo. (*)

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Custei a achá-la, mas em uma das vezes em que fui a Israel, fotografei a sepultura de Oskar Schindler, no cemitério luterano de Jerusalém, no Mount Sion. Na cena final do famoso filme "A lista de Schindler", os judeus que foram salvos por ele visitam esta sepultura, os atores de mãos dadas com os sobreviventes ainda vivos durante a filmagem (*).

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Visita à sepultura simbólica de Margot e Anne Frank no campo de concentração de Bergen-Belsen (*).


Quando estávamos exatamente neste lugar, o guia que nos conduziu ao campo de Auschwitz-Birkenau, falou: "Vocês estão pisando no maior cemitério do mundo!" Outros campos de concentração visitados: Bergen-Belsen, Treblinka, Terezin (*), e planos, se Deus quiser, a visitar Sobibor.


Na República Tcheca em 2012, visitei o famoso Cemitério Judaico de Praga.


As sepulturas amontoadas têm uma história que conto na postagem respectiva (*).


Não precisei tomar nenhum meio de transporte, mas fui caminhando visitar o cemitério judeu de Hämeenlinna, onde vivemos há quase 5 anos.


Se continuar vivendo nesta cidade, o que não é certo ainda - a morte, porém, sempre é certa - gostaria de ser enterrado bem perto deste cemitério! (*)

Outros



Em 1973, visitei a sepultura dos fundadores do Exército de Salvação, William e Catherine Booth, em Londres, decididamente um lugar que não é de peregrinação, haja vista o descuido do velho cemitério inglês. A foto é de minha filha Martta, que o visitou em anos mais recentes.



1977 - visita ao cemitério de Arlington, em Washington-DC.



Aqui estão enterrados John Fritzgerald Kennedy e, anos mais tarde, Jacqueline Bouvier Kennedy Onassis.


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Nunca estive tão perto de mortos em grande escala como aconteceu quando participei da equipe de ajuda do ES ao terremoto do México, em 1985, quando trabalhávamos nos EUA. Quando o barulho do motor das escavadeiras paravam sobre os destroços dos prédios, sabíamos que mais um corpo havia sido encontrado (*).


Outra experiência impactante foi participar das equipes de ajuda nos acidentes com o Fokker 100 e o Airbus da TAM.
No dia de hoje, assistindo pela TV a profissionais maquiando pessoas como zumbis, por pura diversão ligada ao detestável Halloween, penso que tantos os maquiadores quando os que se deixam maquiar nunca viram os mortos em um acidente aéreo... (*)

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2. Lembranças que fazem rir, apesar dos pesares...


Incluo este ítem aqui até para amenizar o assunto pesado para alguns...

- Exatamente no primeiro lugar onde trabalhei, bem jovem, como oficial, tive uma experiência que me faz hoje rir... A igreja luterana de Santa Catarina só faz o funeral se a pessoa está quites com a anuidade. Como havia quem não estivesse, recorriam ao ES e algumas vezes fui chamado. Recordo-me daquela ocasião em que o motorista do carro fúnebre veio-me buscar em casa bem cedo para levar-me às montanhas onde uma pessoa havia morrido. O homem, todo vestido de preto, e eu com uniforme azul-marinho de gola alta, entramos no carro fúnebre. Foi então que ele falou que antes de irmos ao local nas montanhas ele iria passar na floricultura para pegar algumas coroas. Para isso, estacionou  bem no centro da cidade, demorando bem mais do que eu esperava, exato no momento em que as pessoas, algumas que me conheciam, iam para o emprego. E me viam de roupa escura no carro fúnebre, questionando talvez o que eu estaria fazendo lá. Envergonhado como muitos jovens, passei momentos embaraçosos. Voltando o motorista, fomos durante uma hora até o local sem ele pronunciar uma palavra sequer, o que me fazia olhar para ele às vezes e pensar se tudo aquilo não seria irreal. Talvez eu ainda estivesse dormindo, tendo um sonho de terror, digamos. 


Outra vez em São Paulo dois colegas e eu fomos escalados para comparecer a um enterro. Depois da reunião na igreja, seguimos o cortejo pela Av. 23 de Maio. Movimentadíssima, logo perdemos o cortejo, mas não nos preocupamos porque sabíamos onde era o cemitério. Lá chegando, vimos um caixão saindo de uma capela e unimo-nos às pessoas em direcão ao lugar do túmulo. Meu colega bondosamente adiantou-se em um momento e prontificou-se a tomar uma das alças para levar o caixão, o que a pessoa concordou. Enquanto caminhávamos, voltei-me para a colega que nos acompanhava e disse-lhe: "Eu estou desconfiando que estamos no enterro errado!"  Olhei para uma colina e vi lá o "nosso enterro". Avisei com jeito ao meu colega que segurava o caixão, ele passou a alça a outro e fomos para o enterro certo, naquele solene momento, rindo sem parar do nosso grande fiasco!


Já participei em um número sem conta de funerais, ou presidindo-os ou assistindo-os, mas nunca me esqueci daquele... Meu colega ligou-me pedindo que eu fosse com ele fazer o enterro de uma pessoa que ele não conhecia cujos parentes haviam solicitado a presença do Exército de Salvação.
Chegando à capela mortuária, vimos no caixão um homem uniformizado. Logo um parente veio explicar-nos: ele fora salvacionista durante um período de sua vida, mas depois de um tempo começou a beber novamente e no resto de sua vida foi um alcoolista. Mas mesmo embriagado ele sempre falava que quando morresse queria ser enterrado com o uniforme que uma vez usara. Algo bastante incomum, mas mesmo assim fizemos o melhor possível no funeral daquele irmãozinho desviado.

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3. Curiosidades... morrer era mais "fúnebre" no passado...

Uma conterrânea enviou-me certa vez a foto da fachada de uma "casa de pompas fúnebres" de nossa cidade, Pelotas-RS. Talvez a inclua aqui ainda.

Curioso com o significado da palavra morte, era o único dos cinco irmãos crianças ou adolescentes que sempre queria ir ao cemitério com meu pai ou então aos enterros dos velhos da família, tantos que morriam sem grande intervalo entre um e outro. Como pessoas eram veladas na sua própria casa, lá estava eu, menino, num canto olhando o morto com mil questionamentos, sensível a tudo aquilo. Depois do enterro outras duas experiências tristes: iniciava-se um "luto" de não ir ao cinema por três semanas e...eu não conseguia dormir à noite, muitas vezes suando frio. 





Quando assisto ao "Dr Jivago", vendo as cenas iniciais, identifico-me com o menino Yuri após o enterro de sua mãe. Até acho-me parecido com o ator-mirim e não somente com Jivago adulto. Felizmente, quando meus pais faleceram, em 1977 e em 1992, respectivamente, não compareci ao funeral nem de um nem de outro por razões de viagem, o que não lamento, pois assim a lembrança que tenho é de cada um vivo, movimentando-se normalmente e não dentro de um caixão, inertes. O mesmo se aplica à minha irmã mais velha que faleceu este ano.


Por coincidência, a um quarteirão de onde moramos atualmente, aqui na Finlândia, existe um cemitério centenário com velhos túmulos suecos e russos, do tempo do domínio de ambos os países. É tradição no Dia de Finados as pessoas em todos os cemitérios do país acenderem velas junto às sepulturas, contrastando com a escuridão do mês de novembro.


Voltando ao passado, repito que a morte era muito fúnebre onde vivíamos. O link abaixo, do site de Ricardo Chaves - ao qual agradeço pelo uso da foto acima - mostra uma das tantas carruagens fúnebres que eram usadas para transportar o caixão da casa do falecido ao cemitério local. Vê-las passar ao som do casco dos cavalos é uma das lembranças do passado.


"Empreza de Pompas Fúnebres" a firma que vende caixões em Pelotas-RS, em foto de uma conterrânea.

Uma outra lúgubre recordação é a das noites frias do inverno, o vento fazer voar o "fumo" (de fumê?). Explico: na casa onde estava sendo velada a pessoa era colocada junto à porta o "fumo", que consistia em uma mão de ferro em cor dourada ou prateada que segurava um véu preto, fumé e roxo. Em noites frias e ventosas do sul, lembro-me de certa vez, caminhando junto às casas, um desses véus tocarem minha cabeça.

Curiosidades e diferenças fúnebres sempre existem, de cidade para cidade e principalmente de país para país. Se conto que em 24 horas o morto é enterrado no Brasil, os finlandeses se "apavoram", pois o costume aqui é haver o sepultamento duas a três semanas depois de ter ocorrido a morte, com o féretro sempre fechado e nunca aberto como no nossso país. E os brasileiros, por sua vez, estranharão ao saber que imediatamente após o funeral, os presentes vão ao salão social da igreja ou mesmo a um restaurante onde há café ou chá e doces e salgados. Na ocasião, pessoas discursam homenageando o que morreu.

E mais e mais tomamos conhecimento de funerais bizarros, um dos mais o deste motociclista que antes de morrer pediu para ser embalsamado e colocado em sua moto, desejo satisfeito conforme a foto.



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3. Conclusão:
* dois comentários ditos diante da morte
*duas sepulturas
*duas mensagens do meu livro "Edificação Diária".

Um de que nunca me esqueci foi o de meu concunhado Daniel, quando seu pai, o brigadeiro Paulo Tavares Bastos, faleceu: "Em meio à dor, em certo momento enchi-me de alegria ao pensar que meu pai, que tanto cantou e pregou sobre a morte e o lar celestial, agora estava provando essas bênçãos ao lado de seu amado Salvador Jesus, a Quem serviu durante tantos anos de sua vida!"

Outro veio do arcebispo de Cantuária quando veio ao Brasil e pregou na Igreja Anglicana de São Paulo. Em seu sermão, contou: "Um jovem pastor estava um tanto abalado pelos tantos funerais que aconteceram em sua paróquia em curto intervalo de tempo. Ao visitar uma senhora quase à morte, ela percebeu o embaraço do pastor e tranquilizou-o:
 'Não fique assim, irmão, eu estou apenas morrendo!'"

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A sepultura de Jeffrey Hunter...


... na minha opinião quem melhor interpretou Jesus Cristo no cinema (capa do disco com a trilha sonora do filme, o qual guardo como relíquia até hoje).


E a sepultura de Jesus:

Ele não está aqui porque ressuscitou.


Lendo meu Novo Testamento no Jardim do Sepulcro Vazio, em Jerusalém.


O livro que Deus me deu a oportunidade de escrever, agora online:

www.paulofranke-edificacaodiária.blogspot.com







































Outros links:


Pastores cantam "Mais junto, ó Deus a Ti", ao morrerem em acidente (o mesmo hino que a orquestra do Titanic tocou:


O cemitério judeu de Praga:


Morrer e ir para o cemitério em carruagens...

http://wp.clicrbs.com.br/almanaquegaucho/2012/11/02/chique-de-morrer/

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"... Morte e sepulcro não aterrarão onde meu Deus fizer habitação"

No meu blog2, a história deste belo hino, 
com possibilidade de ouvi-lo (YouTube):

Procure-o entre os publicados em Abril de 2011 
(à direita ao acessar o blog).

www.paulofranke-historiasdoshinos.blogspot.com

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25 outubro, 2013

AUSTRÁLIA ¤ Incêndio ¤ SArmy ¤ Filmes ¤ Selos ¤ Links

1. Incêndios - 2. Filmes 

3. Na Austrália - 4. Selos - 5. Links

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1. I n c ê n d i o




Assistimos durante estes dias pela TV a tragédia que mais uma vez aconteceu na Austrália, o incêndio no mato (bushfire), desta vez nas Blue Mountains, a oeste de Sydney. E mais uma vez acontece também: o The Salvation Army presente levando ajuda material e emocional à população afetada. 
Fotos: salvationarmy.au


2. F i l m e s



Dificilmente compro DVDs, mas quando vi em promoção "Austrália", adquiri-o com alguma curiosidade para saber do que se tratava o filme que há poucos anos foi muito anunciado. Enfim, porque estive no distante país-continente, uma ponta de atração sempre permanece.



Há poucos anos o Year Book do ES publicou esta foto com os artistas do filme, ambos australianos, junto a um salvacionista certamente coletando para alguma finalidade, enorme que é nossa organização-igreja no país (fotos de reuniões, marchas etc. nos links).

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Uma história que não me canso de contar: 
"A Hora Final foi a minha Hora Inicial".

Um filme rodado na Austrália foi um dos três passos que me "arrastaram" para as fileiras salvacionistas, onde estou até hoje! (leia a respeito acessando o link abaixo, "Quando, como e por que ingressei no Exército de Salvação")


Baseado na ficção científica do escritor australiano Nevil Shute, o diretor Stanley Kramer introduziu no seu filme, de 1959, o The Salvation Army com uma mensagem em uma faixa ao povo desesperado diante do holocausto nuclear, cuja nuvem radioativa aproximava-se do país, " Ainda há tempo, irmão!" (There is still time, brother!)


Gregory Peck, Ava Gardner, Anthony Perkins e Fred Astaire estão no elenco... Gregory Peck, o comandante de um submarino americano; Ava Gardner, uma mulher carente à beira do desespero; Anthony Perkins enfrentando um dilema cruel; Fred Astaire, um piloto de corridas que dá um passo radical... Enfim, para entender o filme somente assistindo-o, inclusive encontra-se, em duas partes, pelo YouTube (veja link). A atriz Ava Gardner não agradou aos australianos com sua declaração, que li em um jornal em Melbourne: "Um filme sobre o fim do mundo só podia ser filmado na Austrália mesmo..." 


Depois de assistir ao filme, no ano de 1961, peguei carona na faixa "Ainda há tempo, irmão" e houve tempo para mim também... de mudar da vida que eu começava a viver, em que não faltavam whisky, vodka e cigarro.  Ainda bem que foram poucos meses! Um capitão de sobrenome Fisk, "fisgou-me" ao vender-me um jornal enquanto eu estava em um bar,  o primeiro passo para ingressar no Exército de Salvação, onde estou até hoje, graças a Deus!


Na foto de um intervalo de filmagem, Fred Astaire (que não dança no filme), Ava Gardner e Gregory Peck com o produtor e diretor americano Stanley Kramer (1913-2001).

O meu ingresso no Exército de Salvação, portanto, tem uma ligação com a Austrália... 
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3. N a  A u s t r á l i a

Uma história que gosto muito de contar... e repetir: 

Estive na Austrália e conto a maxi-experiência no link abaixo,
 "Berimbau em terra de Bumerangue"


Rota para a Austrália naquele tempo: Los Angeles (Hawai) Sydney, Melbourne 
(atualmente, pelo Chile)

Duas reações rápidas de duas pessoas diferentes a quem contei o meu depoimento do ingresso ao ES ligado com a Austrália...

Uma delas foi quando, em 1982, graças ao então Coronel Carl Eliasen, fiz um estágio de três meses em Melbourne, no sul do país. Um dia, contando ao fotógrafo do departamento editorial "my story", ele apressadamente pediu que pegasse o meu quepe e o seguisse. E assim, um tanto impressionado com o que lhe contara, fez-me caminhar com ele não mais do que 200m. 
Ao chegarmos a um edifício público com grandes escadarias, falou-me: "Aqui foram rodadas as cenas onde aparece o Exército de Salvação no filme 'On the beach' (A hora final)!". Surpreso com o que me contava, fiz as poses que me mandou fazer ao fotografar-me.







Naturalmente, fui capa do próximo número do The War Cry australiano...


... que contava para os milhares de leitores australianos minha história. O título "Ainda havia tempo para Paulo" provinha do "There is still time, brother" da faixa sobre os salvacionistas que participaram do filme, mensagem essa que causa impacto na cena final do filme (a mim impactara naquela tarde quando em 1961 quando assisti ao filme).



A primeira "reação rápida" de fato acontecera anos antes, em 1973, quando fui o delegado brasileiro do Colégio Internacional para Oficiais do mundo inteiro (ICO), em Londres. A cada noite um oficial contava sua experiência, para que nos conhecessemos melhor. Naquela reunião foi a minha vez, e não poderia deixar de contar o link ingresso-no-ES-Austrália. Tão logo conclui, o diretor, comissário Albert Mingay (foto), levantou-se de um salto e acrescentou algo que eu jamais soubera.

Ele era o chefe da Austrália-Sul no final dos anos 50, e certa vez uma pessoa pediu para ser atendida por ele no quartel em Melbourne, onde tinha seu escritório. Era o diretor-produtor americano Stanley Kramer que lhe fazia um pedido: fornecer para o filme que estava rodando em Melbourne um grupo de brass-band e algumas jovens pandeiristas. Mingay prontamente aceitou, pois mostrar o ES em filmes é algo bastante comum. 
Um dia, no local de filmagem das últimas cenas, Mingay achou que algo estava faltando na cena e sugeriu a Kramer uma faixa com os dizeres "Ainda há tempo, irmão!" (no caso, subentendido, de aceitar Jesus como Salvador e morrer em paz). Kramer concordou e a faixa impactou o mundo e também a mim, no mesmo hemisfério meridional, mas no sul do Brasil.



Aqui, Stanley Kramer conversa com o ator Richard Windmark durante intervalo da filmagem de "O Julgamento de Nuremberg", também dirigido por ele, o que eu não sabia até agora ao procurar foto do famoso diretor-produtor. A propósito, possuo o excelente filme em DVD, com Spencer Tracy e Marlene Dietrich, e inclusive já estive no local histórico onde foram julgados os nazistas 
(ver link da postagem do meu blog).



A general Eva Burrows, que conheci no ICO como assistente do diretor, por ser australiana nunca se esqueceu de "minha história". Na foto, quando visitou nosso escritório editorial no congresso em 1996 em São Paulo. Quando participei do congresso dirigido por ela em Oslo, Noruega, há alguns anos, quando me encontrou contou "my story" a muitos que não sabiam. 
Tudo por causa da ligação com sua amada terra.





Os dois DVDs que possuo do filme.


"On the beach"


3. Selos

Antigos selos australianos da minha semi-abandonada coleção






4. L i n k s

Tudo o que você quer saber sobre o país-continente AUSTRÁLIA:


Berimbau em terra de Bumerangue.

http://paulofranke.blogspot.fi/2010/02/berimbau-em-terra-de-bumerangue-na.html

Quando, como e por que ingressei no Exército de Salvação.

http://paulofranke.blogspot.fi/2008/05/quando-como-e-por-que-ingressei-no.html

O filme "Hora Final" (On the beach) completo através do YouTube (procure a parte 1), com a música-tema, a tradicional Waltzing Matilda:

http://www.youtube.com/watch?v=_kfzpcls_zI

O Exército de Salvação na parte 2, nos minutos 48.14...55.42... e na cena final o local da reunião ao ar livre deserto.

Disco Dia de Parada 

Waltzing Matilda - australianos marchando e cantando no minuto 4.28

Em Nuremberg, no local do famoso julgamento.

http://paulofranke.blogspot.fi/2008/07/de-trem-pela-europa-4-nuremberg.html

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Próxima postagem:

Sepulturas de pessoas famosas que visitei ou não.