Paulo Franke

15 janeiro, 2007

Uma palavra oportuna (sobre PROSPERIDADE)



"Não sou dono do mundo, mas sou filho do dono."
Por certo foi um motorista cristão quem escreveu o pensamento no pára-choque do seu caminhão. Penso às vezes naquele caminhoneiro, conduzindo o seu pesado veículo pelas perigosas rodovias do nosso país. Na carroceria, uma carga valiosa que não lhe pertence; ao longo das estradas que percorre, terras e plantacões, casas ou mansões, fazendas ou fábricas... de outrem. Cansado talvez de nada possuir - será seu o caminhão? - escreveu o pensamento que lhe conforta e motiva a prosseguir.

O apóstolo Paulo - nome que significa pequeno, diminuto - considerava-se não o maior, porém o menor de todos os santos, reconhecendo o privilégio que lhe havia sido dado "de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo" (Efésios 3: 8).

Para muitos, ser abencoado por Deus significa possuir riquezas materiais. É um "outro evangelho" que está sendo pregado em muitas igrejas, infelizmente, que pouco tem a ver com o puro Evangelho. Se no passado tudo convergia ao céu, lugar das recompensas, hoje o céu tem sido abolido das pregacões e mesmo dos coros (louvor), que enfatizam o receber a vitória e a recompensa neste mundo, "de preferência com uma conta bancária volumosa"...

Diante disso, como explicar o sermão do monte, onde para Jesus os bem-aventurados são os humildes de espírito, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justica, os misericordiosos, os limpos de coracão, os pacificadores, os perseguidos por causa da justica (Mateus 5), e mesmo os nomes na galeria dos heróis da fé do livro de Hebreus e os mártires do cristianismo? "Então disse Jesus a seus discípulos: Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos céus... é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha..." (Mateus 19:23,24), advertindo contra a riqueza mal administrada que se esquece dos pobres.

Li certa vez que David Young Cho lamentava o fato de que seus livros sobre prosperidade haviam sido tão mal-interpretados no Ocidente, uma vez que no idioma coreano na palavra prosperidade estão embutidos saúde, paz, união familiar, ser bem-sucedido material e espiritualmente etc. Sendo traduzidos para o inglês, seus livros tomaram outra direcão para alimentar mais e mais o então ameacado "American dream". E o Brasil, que infelizmente importa como "coisa boa" tudo que é made in USA, o fez também com relacão à prosperidade, e hoje pregam que a "bêncão de Deus caminha junto com as riquezas materiais", gerando heresias, problemas e escândalos, para vergonha do Evangelho. E nos lembramos do que falou Jesus, "... é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo" (Mateus 18:7).

É só procurarmos a palavra "riqueza" em uma chave-bíblica para concluirmos a sua conotacão no Novo Testamento: nos evangelhos é invariavelmente motivo de censura por parte do Senhor Jesus; nos demais livros e epístolas, riqueza tem um sentido puramente espiritual. A riqueza da glória, da graca, do conhecimento de Deus, essa, sim, é a riqueza que devemos almejar. Consegui-la está ao nosso alcance se formos verdadeiramente os filhos do Dono.

"Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria, como do conhecimento de Deus!" (Romanos 11:33)

14 janeiro, 2007

Rio de Janeiro: fotos inéditas/curiosidades/poema









Copacabana no início do século passado.




Há quem diga que o "gigante pela própria natureza" e o "deitado eternamente em berco esplêndido", do Hino Nacional, tiveram a sua origem e inspiracão no relevo da cidade do Rio de Janeiro. A foto, tirada desde a baía de Guanabara, mostra a cabeca do "gigante" como que dormindo de boca aberta. A continuacão das montanhas, não vista na foto que tirei das barcas, leva até os pés do gigante, isto é, o Pão de Acúcar. Ampliando-se a foto, vê-se o Aeroporto Santos Dumont.


Antes de a estátua do Cristo Redentor ser colocada no Corcovado.


Na década de 20, sorridentes criancas do Exército de Salvacão em São Goncalo,RJ, posam diante da maquete da cabeca da estátua do Cristo Redentor, em um piquenique realizado na casa do engenheiro construtor do famoso monumento, o brasileiro H. da Silva Costa. Anos mais tarde, na década de 50, ao contemplar o belíssimo Cristo, no Corcovado, um participante anônimo de um congresso eucarístico escreveu o inspirado poema.





PENA!


Pena...
Os homens O fizeram de pedra,
Os homens O enfeitaram de luzes
E o colocaram lá, no mais alto morro!

Pena...
Os homens O fizeram de pedra
- e Ele é todo docura!
Os homens O enfeitaram de luzes
- e não viram a Sua luz!
Os homens O colocaram lá, no mais alto morro,
E não O puseram no coracão.




WHAT A PITY!

Men made Him of stone,
Men decorated Him with lights,
And they placed Him there,
Far away, on the highest hill...

A pity..
Men made Him of stone
And He is all sweetness...
Men put on Him their lights
And did not see His light...
Men placed Him there,
On the high hill far away
And did not put Him in the heart!


05 janeiro, 2007

Minha experiência havaiana






Na praia de Waikiki - Honolulu - Hawai


Jovens brasileiros que encontrei, dando duro, carregando turistas

Na prática, o turismo é a arte de realizar sonhos e descobrir incógnitas. Como cada qual tem os seus próprios sonhos, cada um os realiza à sua própria maneira - eis uma definicão de turismo.

Havaí, que em sua língua nativa significa "terra do lar", é o paraíso sonhado por turistas, e férias na ilha pode ter sabor de realizacão. Passei por lá muito rapidamente, em caminho da Austrália, e conferi o que me fora contado e realizei às pressas o sonho à minha própria maneira, algo a ver com sol, surfe e... salvacão.

S O L



O pôr-do-sol em Honolulu é um espetáculo diário. No momento exato ele desce nas águas límpidas do Pacífico e, para aumentar a sua beleza, um veleiro propositalmente navega na mesma direcão, "cabendo" dentro da imensa circunferência dourada. Uni-me às multidões na praia não para adorá-lo mas para adorar o Criador. O hino "Quão grande és Tu!" coube como expressão de louvor naquele instante de estupenda e inesquecível beleza!

S U R F E



Por ser considerado um dos lugares de ondas mais altas, é também o paraíso dos surfistas. O surfe tem sido praticado pelos nativos séculos antes do descobrimento das ilhas, pelo Capitão Cook, em 1778. O esporte foi trazido para o Havaí - há mais de mil anos - pela realeza das ilhas Polinésias, e sua prática era vedada ao povo comum.
"Se as ondas do mar da vida quiserem te afogar, segura na mão de Deus e vai!" - milhares de pessoas conhecem este hino que lhes tem servido de alento e energia espiritual. Surfistas são geralmente jovens, de porte atlético e pele bronzeada, determinados e altamente corajosos. Os surfistas do mar da vida são pessoas de todo o tipo que, no entanto, têm algo em comum: a fé nAquele que lhes dá a mão a fim de que se conservem vitoriosas sobre as águas, sem ser engolidas por elas ou sem levar "caixotes" através da vida.

S A L V A C Ã O




Deixando o Havaí, o grande Jumbo da United Airlines sobrevoou o porto de Pearl Harbour e pela janelinha observei nitidamente o U.S.S. Arizona jazendo no fundo das águas claras do Pacífico. Sobre o navio foi erigido um memorial onde estão escritos os nomes de mais de 1.100 homens que perderam as suas vidas no ataque de surpresa quase no final da Segunda Guerra.
Seremos náufragos no mar da vida e presa fácil de "ataques de surpresa" se não entrarmos no "bote da salvacão" que Jesus Cristo nos oferece pelo Seu sacrifício e morte na cruz. E para os que vivem como que sob fardos de pecado, cuja lembranca os aflige, lembro que, incluída na bêncão da salvacão pela fé em Jesus está o perdão de nossos pecados.
Ao vislumbrar do alto o navio, lembrei-me do versículo "... lancará todos os nossos pecados nas profundezas do mar" (Miquéias 7:19). E não somente, mas de outra licão da minha experiência havaiana: sobre nossos pecados nenhum memorial está erigido, pelo contrário: "Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro" (Isaías 43:25).