Paulo Franke

28 novembro, 2011

1.Tronos e Assentos - 2. Cadeiras com Arte (idéias aqui)


Uma postagem que na primeira parte nos convida ao descanso e na segunda parte a pôr a mão na massa, ou melhor, na tinta!

Primeira parte



Pelo menos nos anos de 1973 e 2003 era possível, ao visitar a Abadia de Westminster em Londres - com entrada franca - ver o trono onde são coroados os reis, "desde 1296, na época do rei Eduardo I, o Confessor", como escrevi no meu álbum. A pedra fragmentada da Pedra de Scone, informei-me, é a que o rei capturou da Abadia de Scone.



O trono na sala de São Jorge no suntuoso Palácio Ermitage, em São Petersburgo.



Chartwell, a casa de campo de Winston Churchill, em Westerham, perto de Londres. Nesta cadeira Churchill sentava-se para meditar olhando seus peixes dourados. "Um dia longe de Chartwell é um dia perdido", costumava dizer.



A cadeira de Calvino, exposta na Igreja Reformada de Genebra.



O escritório de Oskar Schindler onde se pode ver sua bonita cadeira na foto que tirei durante a visita que fiz ao Museu-Fábrica na Cracóvia (tenho uma postagem a respeito desse local onde empregou milhares de judeus, salvando-os assim do Holocausto).



Uma espiada em um fino restaurante francês, só para fotografar as cadeiras.



Festival das Flores na Catedral Episcopal Anglicana de Pelotas-RS, realizado a cada primavera. Em um desses bancos escuros sentávamos toda a família, pais e cinco filhos, a cada domingo, doces lembranças do passado.

Você vai à igreja com sua família? Disse alguém: "O banco de igreja vazio é um peso; o banco ocupado uma asa". Perguntar-se-á por ti, por que o teu lugar estará vazio (1 Samuel 20:18).


Banco escolar de madeira e ferro, das décadas de 40 e 50. Lembro-me de em algum tempo como estudante sentar com um colega em um tipo de banco como o da foto (Mercado Livre).




Não sei se as cadeiras são as mesmas, mas o banco escuro do canto certamente ainda é o do Bavária Bar, em Pelotas-RS, onde fui abordado por um oficial salvacionista que me ofereceu um jornal, um dos passos para o meu ingresso no Exército de Salvação, em 1962, no mesmo ano em que prestei o serviço militar.




Meu saudoso pai era um homem de muitos talentos e passatempos (quando tinha tempo). Ele fez o sofazinho acima - onde muitas vezes dormi ao visitá-los - agora na casa da nossa irmã mais velha. Gosto da extensão em madeira que o transforma em cama ou então em lugar para colocar revistas e jornais.



Nossa varanda, no apartamento onde hoje moramos, excelente para relaxar no verão. Alguém disse sabiamente: Preocupar-se é como sentar-se em uma cadeira de balanço: fica-se em movimento, mas não se sai do mesmo lugar.



Nunca tinha visto uma cadeira-de-balanço com lugar para duas pessoas como esta em um lar de velhinhos que visitamos com frequência.


No outono finlandês até as cadeiras do restaurante vazio parecem ficar cabisbaixas.


Passada a queda das folhas e a neve ainda não chegada, o lindo banco de um jardim nada faz para melhorar a paisagem tristonha.



Quando a neve chega tudo fica bonito e cintilante, mas muitas vezes cômico, como essas mesas de um restaurante ao ar livre de nossa cidade...



Ou então estas, parecendo bolos cobertos de chantilly ainda não decorados, mas simplesmente neve acumulada em mesas e cadeiras.



No histórico Templet sueco, em Helsinki, onde trabalhamos nos primeiros seis anos na Finlândia, decidimos trocar as antigas cadeiras de madeira por estas estofadas em vermelho.



Na minha última nomeação antes de aposentar-me - igreja que a Anneli continua dirigindo - as cadeiras de madeira exigem uma pregação não muito longa...



Se já pertenceu a um bar ou pub não sabemos, mas sim que, adquirido na loja de segunda-mão, o banco alto serve-nos hoje para fazer palestras mais informais.



A velha sacola adquirida na Universal, na Califórnia, com o desenho da famosa cadeira de estúdio que passou por uma "santa transformação".


Minha sogra inovou na sua sala de jantar: cadeiras de dois estilos.


As mulheres finlandesas antigas davam à luz nos bancos da sauna levemente aquecida.



Canto das cadeiras rurais no Museu Campestre de nossa cidade.



Meu sonho de menino era sentar-me, assim como meu pai em suas frequentes viagens, nos bancos de um DC-3 que fazia as rotas domésticas da VARIG.


O sonho foi cumprido, e como!!

Assim como meu viajado neto mais velho, já dormi em muitos bancos de aeroporto também!




Atrás uma Kombi alta, na frente uma cadeira alta e minha amiga nela sentada. Estamos na Deutschland!













Como a capital Helsinki quer ser hospitaleira com design de bancos assim?



Das fotos preferidas que já tirei: uma cadeira na praia mediterrânea da cidade de Ashdod, Israel.


Sentar-se em um cômodo sofá à beira da água parece ser sinônimo de descanso verdadeiro... mas o barco na tempestade fornece-nos um exemplo genuíno de paz. Leia, pois quem sabe você está precisando disso:

http://paulofranke.blogspot.com/2009/05/p-z.html

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Segunda parte



Minha primeira viagem como aposentado foi a Oulu, norte do país, em meados de novembro. Para mim, que geograficamente já tenho a mente finlandesa, foi uma distância enorme em um trem moderno de alta velocidade: 7 longas horas de viagem! Felizmente levei meu laptop para passar o tempo (por certo já me esqueci das tantas viagens de mais de 20 horas que fazia pela Penha-Itapemirim até o RS...)
A missão dupla desta viagem: visitar minha filha Martta e sua família e... pintar cadeiras.



Na minha mala um macacão, de quando trabalhei em uma fábrica na ilha de Åland, para uso na tarefa.
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Tudo começou assim... Minha filha e genro, depois de dirigirem a igreja do ES em Oulu, durante muitos anos, tiveram despedida oficial. Um bom tempo antes de saírem adquiriram novas cadeiras, estofadas, para a igreja (foto) e as antigas, de madeira, foram parte doadas para a escola cristã onde leciona e parte ficaram para a própria igreja, para uso nas atividades sociais ou mesmo para a venda em bazares beneficentes. Na foto, o atual dirigente da nossa igreja em Oulu, primo do meu genro, e sua filha.



Martta, filha criativa e muito trabalhadora - os dois tt do seu nome finlandês chamo de trabalhadora em dobro - além de todas as suas atividades, teve a idéia de reunir amigos para pintarem as tantas cadeiras de madeira que foram da igreja, um significativo projeto, sem dúvida! Aqui, dando o toque de spray nas pernas de ferro das cadeiras já com a pintura pronta. Tudo branco à volta significa que nevou naquele dia, e não que ela derramou spray à volta!



Ótima desenhista, ela tem o seu próprio estilo...



... o que se percebe nestas duas belas cadeiras que pintou.



Sua filha adolescente, gauchinha, mostrou o talento da mãe ao pintar a bandeira da Finlândia.



Percebam o talento da neta, realçado pela cor dourada das pernas da cadeira!



Meu netinho surpreendeu-me com seu talento na cadeira multicultural da esquerda. A da direita é do meu neto adolescente em visita aos primos e tios.



Uma amiga de minha filha, que considero uma pintora profissional, teve a idéia acima, modernidade em uma cadeira antiga! Foi vendida mesmo antes do bazar beneficente. Lindo desenho, mas que trabalhão e certamente muitas horas para pintar uma só cadeira, o que aprecio mas quisera fizesse o meu gênero.



O mutirão de pintores naquela tarde fria lá fora, mas com muito calor humano aqui dentro. Rir da própria pintura era uma constante.



Na ocasião anterior que os visitei pintei poucas cadeiras, uma delas a mostrada acima. Parece que fui aprovado e, então, convidado a repetir a tarefa: "Pai, quando podes vir visitar-nos e... pintar mais cadeiras?"


Esta me foi encomendada pela esposa do dirigente do trabalho em Oulu: antigos salvacionistas olhando para a bandeira e para o escudo, um tanto surrealista.



Pizza meio matada... mas, afinal, vão sentar em cima mesmo! Falei à filha que essa delícia feita às pressas vai precisar de um bom retoque dela.



Pintei também cadeiras na escola com o mesmo motivo, no caso o do gato cujo rabo estende-se do respaldo ao assento.


Tenho o meu próprio sistema... que é o de criar a pintura e fazê-la à mão bem livre. Minha única exigência: que o fundo já esteja pintado, em qualquer cor, tarefa que muitas vezes cabia à própria dona do projeto.



Pintei mais de 30 cadeiras, quantidade em detrimento da qualidade, reconheço, mas tive somente 5 dias para fazê-lo, afinal!



Gosto dessas duas que fiz, mas como comprá-las e trazer no trem??



Temas finlandeses, sauna e a proximidade do Natal, espero que vendam rápido no bazar também da escola.



O jeito é apressar, mesmo que "a pressa seja inimiga da perfeição"...



No frio que fazia lá fora, estas duas transmitiam o calor... mexicano e brasileiro!


Estando lá, preguei no culto do domingo pela manhã, com muito boa assistência como sempre. E curiosamente, mesmo que o culto seja em finlandês, no momento do louvor havia sete brasileiros na plataforma (foto)! É o Brasil levando música do céu ao mundo! Aleluia!


Hora de voltar para casa, mas... péra aí, não fui eu quem pintou o trem!!


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Retoque final:

Se o leitor achou a experiência válida - não necessariamente de pintar muitas cadeiras, mas mesmo uma ou um par delas para a sua casa ou escritório - e tem alguma dúvida, poderá contatar-me que repassarei o assunto para a minha filha, expert no "projeto pintar cadeiras de forma artística"!