Paulo Franke

24 outubro, 2015

A Bíblia da Família / Family Bible - Pat Boone


Temos duas "Bíblias da Família" (Perhe Raamattu em finlandês) compradas em uma loja de segunda-mão. Pesadas, estão bem no centro de nossa estante na sala, junto com outras inclusive em diversas línguas, coleção de minha esposa Anneli.


Preciosas no passado, hoje antiguidades. Nesta a família que a possuía tinha a sua árvore genealógica, e nas páginas seguintes datas de casamento, datas de nascimento e mesmo de falecimento de pessoas do círculo familiar.


Nesta, ilustrada, vemos Moisés com as tábuas da lei na pintura de Rembrandt.

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Em postagem recente, sobre o ator-cantor Pat Boone (veja Índice), tirei o pó dos meus discos LP e do toca-discos no canto da estante, e familiarizei-me com uma canção que ele canta no lado B... "Family Bible" (A Bíblia da Família), de Walt Breeland, Claude Gray e Paul Buskisk.

A belíssima canção em estilo Nashville, quase um hino,  tem as seguintes palavras:

Há uma Bíblia da família sobre a mesa,
Com suas páginas gastas e difíceis de ler
Mas a Bíblia de família sobre a mesa
Será sempre a chave de minhas recordações

No final do dia, quando o trabalho era findo
E quando a comida do jantar estava pronta
Papai lia para nós da Bíblia de família
E nós contávamos nossas muitas bênçãos, uma por uma.

Posso ver cada um de nós sentado em volta da mesa
Quando papai lia a Bíblia da família
E eu posso ouvir minha mãe suavemente cantando
"Cristo, Rocha Eternal, quero abrigar-me em Ti"

Hoje o mundo é cheio de problemas
Mas bem que poderia ser melhor
Se encontrássemos mais Bíblias sobre as mesas
E mães cantando, "Cristo, Rocha Eternal, quero abrigar-me em Ti"

Posso ver cada um de nós sentado em volta da mesa
Quando papai lia a Bíblia da família
E eu posso ouvir minha mãe suavemente cantando
"Cristo, Rocha Eternal, quero abrigar-me em Ti"
"Cristo, Rocha Eternal, quero abrigar-me em Ti"

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There's a family Bible on the table
Its pages worn and hard to read
But the family Bible on the table
Will ever be my key to memories

 
At the end of day when work was over
And when the evening meal was done
Dad would read to us from the family Bible
And we'd count our many blessings one by one

I can see us sittin' round the table
When from the family Bible dad would read
And I can hear my mother softly singing
Rock of ages, rock of ages cleft for me

I can see us sittin' round the table
When from the family Bible dad would read
And I can hear my mother softly singing
Rock of ages, rock of ages cleft for me

Now this old world of ours is filled with trouble
This old world would also better be
If we'd found more Bibles on the tables
And mother singing, rock of ages cleft for me

I can see us sittin' round the table
When from the family Bible dad would read
And I can hear my mother softly singing
Rock of ages, rock of ages cleft for me
Rock of ages, rock of ages cleft for me

 
Songwriters

P. BUSKIRK, W. BREELAND, C. GRAY


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A letra da canção me transportou a um tempo quando nossa família estava junta e o culto familiar era realizado a cada dia. Na foto, Anneli observando nosso filho ler a Bíblia, quando vivíamos em São Paulo.






Nossa lareira onde colocávamos lenha para aliviar a conta da calefação no frio inverno finlandês, na ilha de Åland, em 1992.


 A lareira ardendo e o culto familiar sendo feito diariamente. Na foto, a visita dos primos do Brasil, que participavam lendo também a Palavra de Deus.

Culto doméstico...

uma bênção de cada dia e uma lembrança impressa nos corações
dos filhos quando forem adultos.

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L i n k

Pat Boone canta "Family Bible":



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Dedico esta postagem à Anneli,  que não mais lê a Bíblia com os filhos - hoje casados - como no passado 
mas escreve versículos e os fotografa a cada dia para a bênção de muitos:


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22 outubro, 2015

PianoS... Filme "O Pianista" e o nazista que o livrou da morte.

Interesso-me por pianos históricos. Este foi leiloado por uma vultosa quantia e é o famoso piano do filme "Casabanca", com Ingrid Bergman e Humphrey Bogart, usado para a música "As time goes by".



Minha filha pianista estudou arduamente em dois pianos que compramos. O primeiro que tivemos vendemos ao Quartel do ES em São Paulo quando fomos transferidos para os EUA. O segundo, da foto, levamos de navio, gratuitamente, para a  Finlândia, mas ao voltarmos para o Brasil o vendemos e ficou neste país (onde estará agora?). Atrás dela, meu sogro acompanhando os progressos da neta em uma visita a Jacutinga-MG, onde trabalhamos.


Admirador de Chopin, um dos motivos de minha recente viagem a Mallorca, foi ver os aposentos e o seu piano. O famoso pianista passou um ano na ilha, pensando que lhe faria bem à saúdem, o que não aconteceu. (ver link).

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O famoso filme








Uma tocante cena do filme "O Pianista". No filme, Hosenfeld foi interpretado pelo ator Thomas Kretschmann.



Untitled design (1)

As acões para salvar Szpilman foram imortalizadas no filme "O Pianista", um drama histórico de 2002 baseado no livro autobiografico de Wladyslaw Szpilman cujo tema foram suas memórias da Segunda Guerra Mundial.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Wilhelm "Wilm" Hosenfeld salvou numerosos poloneses e pelo menos dois judeus, um deles Wladyslaw Szpilman, cuja história serviu de base para o famoso filme "O Pianista" (The Pianist), do diretor judeu Roman Polanski.

Wilm Hosenfeld nasceu em uma família católico-romana cujo pai, um diretor de escola muito piesoso, vivia perto de Fulda. Durante a Primeira Guerra Mundial este pai prestou serviço ativo e foi seriamente ferido em 1917. Recebendo a Iron Cross Second Cross, aposentou-se do exército e tornou-se um professor que se casou com uma mulher pacifista chamada Annemarie.


Captain Wilm Hosenfeld


O Capitão Wilm Hosenfeld uniu-se ao partido nazista em 1935 e foi nomeado
para a Wehrmacht em agosto de 1939. Ele foi transferido para a Polônia no 
meio de setembro de 1939 até a captura pelo exército soviético em 
janeiro de 1945. Seu primeiro destino foi Pabianice onde esteve envolvido 
na construção de um campo POW. Finalmente, foi transferido para Varsóvia 
em julho de 1940, onde passou o resto da guerra.

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Hosenfeld, em Wegrow, fevereiro de 1940, com um judeu que trabalhou 
para o exército. 
Com o passar do tempo, Hosenfeld desiludiu-se com o partido e 
sua política, especialmente ao ver como os poloneses e judeus eram tratados.
Tanto ele quanto diversos oficiais do exército alemão sentiram simpatia 
por todos debaixo da Polônia ocupada. Envergonhados com o que alemães
faziam, eles ofereceram ajuda sempre que lhes era possível.

Seu gesto em favor dos poloneses começou no início do outono de 1939 

quando, contra os regulamentos, permitiu o acesso dos prisioneiros 
de guerra às suas famílias. Fez um esforço para aprender o idioma polonês e frequentou igrejas polonesas, o que era proibido pelas regras nazistas.

O primeiro judeu que consta Hosenfeld tenha ajudado foi Leon Warm. Warm escapou de um trem que se dirigia a Treblinka durante as deporta
ções do Gueto 
de Varsóvia. Hosenfeld providenciou para ele uma falsa identidade e um 
trabalho.

Durante este tempo em Varsóvia, Hosenfeld usou sua posi
ção para dar refúgio
às pessoas, não importasse a sua história passada, uma vez que estivessem 
em perigo de perseguição ou mesmo presas pela Gestapo. Às vezes deu a
elas os papéis de que necessitavam e trabalho no estádio esportivo que estava 
sobre a sua supervisão.
House at al. Niepodległości 223 in Warsaw where in 1944 Wilm Hosenfeld met Szpilman

Foi nesta casa na Niepodleglosci 223 em Varsóvia que, em 1944, Hosenfeld 
encontrou Szpilman (Wikipedia).

Em novembro daquele ano, meses depois do levante de Varsóvia, Hosenfeld 
encontrou o judeu pianista Wladyslaw Szpilman que havia se escondido
no edifício durante meses. Hosenfeld encontrou Szpilman em péssima condição 
de saúde e descobrindo que ele era um pianista, pediu-lhe para tocar. 
Szpilman tocou-lhe o Noturno em C-menor de Chopin.

Mostrou-lhe, então, um lugar melhor para se esconder e trouxe-lhe pão e geléia 
em diversas ocasiões. Também ofereceu ao judeu pianista um de seus sobretudos 
para mantê-lo aquecido diante de temperaturas congelantes. Szpilman não soube
o nome do oficial nazista até 1951.

Władysław Szpilman



Władysław Szpilman


Hosenfeld foi capturado pelos soviéticos em Blonie, uma pequena cidade
polonesa a 30km a oeste de Varsóvia, juntamente com os soldados da
companhia da Wehrmacht que ele estava dirigindo. Ele foi sentenciado
a 25 anos na prisão em 1950. Os soviéticos ignoraram que ele havia 
ajudado judeus e poloneses e o fato de que ele havia sido somente
responsável pela escola de esportes e treinamento para soldados alemães. 
Leo Warm e Szpilman ambos fizeram pedidos para o livramento de
Hosenfeld. Os soviéticos recusaram essas peticões, acreditando 
que Hosenfeld havia estado envolvido em crimes. Em 1952, Hoselfeld 
morreu depois de passar por diversos ataques cardíacos na prisão soviética.

Em novembro de 2008, Hosenfeld foi honrado por Yad Vashem em 
Jerusalém com título conferido a não-judeus que ajudaram judeus durante
a guerra, 10 anos depois que Szpilman lutou por este reconhecimento.

L I N K:



12 outubro, 2015

"Nenhum sucesso compensa o fracasso no lar." Enfoque a Pat Boone.

"No amount of success compensates failure at home"



A frase do título desta postagem - por sinal, sábia, verdadeira e oportuna para muitos casais em fase de separação - extraí de uma notícia no jornal salvacionista do qual eu fui editor nos anos 80. A pequena notícia dizia respeito ao cantor e ator Pat Boone cuja família havia sido homenageada como "A família da nação" nos EUA no ano de 1985.


Um livro de Pat Boone publicado pela Editora Betânia no qual o famoso ator conta a história de sua vida, não omitindo a fase em que, no meio do sucesso, quase chegou ao divórcio, destruindo sua família. Em inglês, "A New Song".


Contracapa do livro que o leitor interessado poderá procurar no site da referida editora ou, se estiver esgotado, em algum sebo, uma procura que valerá a pena.



Pat, sua esposa Shirley e as quatro filhas do casal.


Porque procuraram a ajuda de Deus no seu casamento quase indo à falência, podemos hoje admirar a família de Pat e Shirley completa, filhas, genros e netos.

(Foto publicada no Grupo Pat Boone no Facebook, ao qual você pode se unir para saber mais a respeito da carreira de Pat Boone, seus sucessos musicais, suas turnês e sua vida no momento.)

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Fã de longa data do ator e cantor, escrevi uma meditação no meu livro "Edificação Diária", nos anos 90, a qual transcrevo aqui acrescentando algumas frases do "baú da memória"; outra meditação, com o título do livro que escreveu, "Uma nova canção" (A new song) está inserida no texto abaixo, quando entra em cena outro cantor de sucesso naquela época: Elvis Presley.

Quando comecei a trabalhar, aos dezesseis anos, parte de meu salário era reservada à compra de discos. Meu pai, que também trabalhara cedo, achou que eu podia colaborar com as despesas da família, e assim deu-me para pagar uma das menores contas mensais, a do açougueiro! Imaginem, uma conta pequena, a do açougue, de uma família gaúcha de 7, mais a empregada, com carne no cardápio diário! Imaginem nos dias atuais... um jovenzinho não daria conta de pagar tal conta!  

Com ares de importância, como todo o adolescente de posse de algum dinheiro, demorava-me na loja de discos e então saía tomando todo o cuidado possível com o meu sensível tesouro: um disco de 78 rotações por minuto, quebrável, contendo uma música de cada lado. Passou por minhas mãos alguns discos de Pat Boone em um tempo quando eu não falava inglês mas captava o idioma de tanto ouvir as músicas... Love letters in the sand, Bernardine, April Love, Friendly Persuasion minhas favoritas.

Um dia, cansado de ver os meus preciosos discos racharem-se ou partirem-se ao meio - algo como "quebrar o coração jovem - comecei a adquirir o que havia de mais atual na década de 50: os discos LP, long-playing, de 33 rotações por minuto, inquebráveis, contendo diversas melodias de cada lado, um verdadeiro tesouro com as trilhas sonoras dos meus filmes preferidos. E não me apressava ao entrar em uma cabine na loja e escutar as belíssimas melodias, podendo eu mesmo "passar para a outra faixa".


A outra meditação do meu livro foi transcrita do artigo do "Brado de Guerra" no qual, no canto abaixo, publiquei foto do general Arnold Brown pedindo autógrafo a Pat Boone.

Pat Boone e Elvis Presley foram os responsáveis diretos pelos "embalos" dos anos 50. Suas histórias são quase uma versão masculina do episódio bíblico de Marta e Maria, irmãs de Lázaro (Lucas 10:38-42). 

Elvis cantava e a juventude vibrava com sua música frenética. Sempre o primeiro lugar nas paradas de sucesso, ostentava o título de "rei do rock" e era idolatrado por milhões de jovens do mundo inteiro.

Sem tais pretensões, mas igualmente popular, Pat Boone conquistava os corações dos jovens mais românticos com os seus rock-baladas.

Nunca estiveram no Brasil, porém seus discos, como "discos voadores", pousavam em todas as festinhas jovens, nos locais de encontro da turma, e rodavam em todas as emissoras das grandes e pequenas cidades, com mensagens diretas ao coração da juventude nos embalos dos anos 50.

Conheci um pouco da história de ambos, surpreendendo-me o fato de que foram criados em lares evangélicos e tementes a Deus.

Elvis começou cantando no coral da igreja. Possuidor de bela voz, transmitia com muito sentimento os hinos evangélicos. Reportagens dizem que, já famoso, era o tipo de música que cantava em casa como que para lembrar-se de suas raízes.

Os sucessos de Pat Boone chegavam-nos primeiramente através dos seus filmes. Naquela época sabíamos somente que era o ator romântico que, "por ser evangélico, e casado, jamais beijava a mocinha do filme".

Por muito tempo, os sons delirantes ou românticos de suas melodias como que se perderam ao vento - o furacão passara. Então a morte de Elvis, em 1977, consternou o mundo. A história de seus últimos anos de vida veio à tona, revelando-o um dependente de drogas e um hipocondríaco. Culpado ou vítima, suas extravagâncias chocaram os seus fãs, não diminuindo, no entanto, a sua popularidade. É lamentável que o cantor de "Põe tua mão na mão do Homem da Galiléia" (Put your hand in the hand of a Man who stilled the waters), ao submergir não se apegou à mão do Homem Deus, Jesus Cristo, que ainda acalma o mar tempestuoso da vida. Como não nos cabe julgar, preferimos imaginar que ele, ao morrer, clamou ao Deus a Quem Ele tanto amava na sua infância na igreja evangélica. Por que não?

Na sua biografia intitulada "Uma nova canção", Pat Boone conta da dificuldade em conciliar sua vida cristã com a vida artística, menciona sua vida matrimonial quase arruinada, sua quase falência como marido, pai ou mesmo ator e, então, escreve sobre o seu reencontro com Deus, quanto tudo se transformou.

Do fundo do poço em que se encontrava, olhou para cima e Deus ouviu o seu clamor, dando-lhe o poder pentecostal! Pat não abandonou a carreira artística, mas tem sido uma testemunha viva do Senhor Jesus no meio em que vive e trabalha. O citado livro menciona diversos estudos bíblicos que o casal Boone realizava em sua casa, nos quais frequentavam, a seu convite, muitos artistas de cinema conhecidos, inclusive batizava seus amigos na piscina de sua casa.

No papel do Rev. David Wilkerson, no filme "A Cruz e o Punhal", abençoou milhões de pessoas. Seus discos de hinos transmitem vida e esperança e são mensagens reais e eternas baseadas no imutável amor de Deus que, ao contrário de seu antigo sucesso"Cartas de amor na areia" (Love letters in the sand) não são escritas na areia, mas permanecem através dos séculos.

Por tudo isso, a história bíblica das irmãs Marta e Maria é lembrada. A boa parte, da qual Jesus falou, é afinal uma decisão que precisam fazer não só as pessoas que têm seus nomes nas paradas de sucesso, mas todo o ser humano que deseja que seu nome seja escrito no livro da vida.


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The last but not the least...




Os antigos discos que tive de Pat Boone se foram como "cartas escritas na areia"... o único que possuo ainda é este...


... que escuto no meu antigo "toca-discos" no momento em que finalizo esta postagem.


Nas minhas memórias de viagem, recordo quando, em janeiro de 1982, meu amigo parou diante da casa de Pat Boone em Beverly Hills... fotografei-a e atrevi-me a fazer mais... não foi pular o muro, não!.. mas bati na campainha e perguntei se Pat estava, ao que uma bondosa voz feminina respondeu-me que ele estava viajando.


DVD do filme "A Cruz e o Punhal"(The Cross and the Switchblade), no qual Pat Boone interpretou a história do Rev. David Wilkerson e  Erik Estrada a de  Nicky Cruz, salvo do inferno das drogas pelo ministério de Wilkerson. Os dois evangelistas estiveram no Brasil e fui vê-los e ouvi-los em um grande auditório em Campinas, em 1980.

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Link à postagem anterior deste blog,
"Quando o casamento não vai bem":



Link para "Carta aos nossos pais separados".

http://paulofranke.blogspot.fi/2011/06/carta-aos-nossos-pai-separados.html

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09 outubro, 2015

Quando o casamento não vai bem...


Nave da Catedral de Magdeburgo, na Alemanha. (Google)


O termo arquitetônico nave é originário do grego naos, referente ao espaço fechado de um templo, e do latim medieval navis. A nave é o termo referente à ala central de uma igreja ou catedral onde se reunem os fiéis de modo a assistirem ao serviço religioso (Wikipedia).




No coral da Igreja Anglicana Episcopal, do qual fiz parte (na fileira ao fundo),
o autor, o saudoso Rev. Albino Winkler, amigo de nossa família, 
está à esquerda, ao lado de seu filho, que foi meu 
grande amigo da adolescência.

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O que ele falou durante um casamento que oficiou, em 1990.

"Não vou dizer um sermão e muito menos ditar preceitos de vida. 
Mas desejo falar, na qualidade de patriarca da família, mais do que isto,
um patriarca feliz porque segui normas bíblicas que são verdadeiros 
mandamentos divinos.

Todos nós sabemos que Jesus transformou água em vinho em um
casamento em Caná da Galiléia. Por quê?

Porque Ele não queria que se terminasse a alegria daquela festa.

A alegria de um casamento deve continuar sempre na vida do casal.

Mas nem todos os dias são dias de rosas. 

Na vida há muitas surpresas, surpresas boas e outras desagradáveis. 
Haja vista o que aconteceu com Adão e Eva... casal modelo, feito por Deus.
Moravam no paraíso e dele foram expulsos. Tiveram que enfrentar ódio, 
inveja e toda a sorte de maldades.

Neste momento estamos na igreja, mais precisamente na nave da igreja.
Isto nos dá a idéia de navio. O navio da salvação... a arca de Noé no dilúvio.

Vou dizer uma ilustração e tenho absoluta certeza de que os noivos não irão
esquecer de minhas palavras, palavras de um patriarca.

Podemos comparar o casamento a uma frágil embarcação. A uma canoa 
onde o noivo tem a responsabilidade dos remos e a noiva a responsabilidade 
do leme. Esta embarcação não pode parar, porque nós vivemos o dia-a-dia e 
precisamos da direção  certa na vida.

Se os dois agirem juntos com harmonia e paciência, tudo será felicidade 
na vida. Mas devemo-nos lembrar de que os discípulos também navegavam,
e em mar aberto, em uma embarcação pequena, enquando Jesus 
descansava naquela barca.

E enfrentaram um tremendo temporal. Iam morrer... 
Foi quando os discípulos chamaram por Jesus: "Mestre, vamos perecer!"

Então Jesus acalmou aquela tempestade. E eles puderam navegar 
tranquilamente até o fim de sua jornada.

Surpresas, assim, podem acontecer-nos; podem acontecer a cada 
um de nós. Quando surgirem problemas... Orai, fazei vossas orações, 
em nome de Jesus.

Mas para isso não podemos esquecer do grande princípio da Paternidade 
Universal de Deus, nosso Pai Celestial e da consequente fraternidade
 entre os cristãos, entre os filhos de Deus.

E não podemos negligenciar o Amor, este amos que nos relaciona uns 
com os outros, porque Deus nos ama e nos considera membros 
de uma só família.

Portanto, quando surgirem problemas na vida, surpresas desagradáveis,
chamai por Jesus!. Ele é o único que pode acalmar as tempestades e
transformar surpresas desagradáveis em bonanças e felicidade.

Fazendo orações ao nosso ao nosso Pai Celestial, por intermédio de Jesus,
podemos viver tranquilos e felizes.

Então o nosso lar será realmente um refúgio de bênçãos e de paz."


Rev. Albino A. Winkler

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L i n k s:

Aos meus pais separados (ou por se separarem)

http://paulofranke.blogspot.fi/2011/06/carta-aos-nossos-pai-separados.html


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