Paulo Franke

29 fevereiro, 2012

Em cartaz em algum lugar do mundo: O DIÁRIO DE ANNE FRANK


Em algum lugar do mundo, nos palcos de teatro ou nas telas de cinema- em filmes, peças teatrais, profissionais ou amadoras - "O Diário de Anne Frank" está sempre em cartaz. E os que o representaram ou ainda o representam certamente viveram e vivem, ainda que superficialmente, o drama dos judeus que se esconderam no Anexo Secreto, em Amsterdam, durante a Segunda Guerra Mundial .



Quando que a família da pequena Anne - na foto com sua patinete e sua amiga girando um arco - poderia imaginar por tudo o que passaria na vida e que o diário da pequena giraria o globo terrestre e seria publicado, em grande velocidade, aos milhões? A propósito, você já o leu?

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"O Diário de Anne Frank" tem sido traduzido para 67 línguas. Não há uma maneira precisa de estabelecer o número exato de livros que tem sido vendidos. No primeiro ano de sua publicação, em 1947, foram vendidos acima de 3.000.000 e o número alcançou os 30.000.000 em 10 anos. Porque o livro tem sido reimpresso em vários formatos e através de várias técnicas de publicação, o número pelos anos 2009 pode ter alcançado os 100.000.000 de exemplares. (Google)


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No final dos anos 50, assisti ao filme "O Diário de Anne Frank", escrito para a tela por France Goodrich e Albert Hackett, estrelado por Millie Perkins, Joseph Schildkraut, pela judia Shelley Winters, Diane Baker e Ed Wynn, com música de Alfred Newman. Millie Perkins foi selecionada, entre centenas de jovens, para interpretar Anne Frank no filme. Veja abaixo trailer do filme.













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Em 2009, a TV BBC de Londres apresentou com sucesso uma série adaptada da história, em parceria com France 2, tendo nos papéis principais Ellie Kendrick (Anne), Tamsin Greig, Iain Glen e Leslie Sharp.


A BBC está comemorando este ano 80 anos - 1932-2012 - e no tempo da Segunda Guerra informava ao mundo lances do que estava acontecendo na frente de batalha. Era ouvida no Brasil bem como... no Anexo Secreto, razão por que me antecipo em publicar a foto acima, do momento quando os moradores recebiam a notícia da invasão, que significava a aproximação da vitória dos aliados, portanto a sua tão esperada libertação... Enquanto isso acontecia, foram descobertos e enviados para os campos de concentração.



Em 2010, no Teatro Maison de France no Rio de Janeiro, Milton Gonçalves foi Otto Frank e Yasmin Gomlevsky foi Anne, na peça que obteve grande sucesso.
















Winston Churchill gostava muito dos filmes da atriz-cantora canadense Deanna Durbin, uma das estrelas de Hollywood preferidas também de Anne Frank. A menina judia colou uma foto de Durbin na parede seu quarto e a foto, depois de quase sete décadas, ainda está lá no hoje "Museu Anne Frank". Quando ela imaginaria que seria interpetada por tantas estrelas no futuro!


Voltando do Brasil e fazendo escala em Frankfurt am Main, em abril 2012, vi um poster anunciando a peça na própria cidade onde ela nasceu.


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Em julho de 1974, o Corpo Central do Exército de Salvação em São Paulo - Rua São Joaquim esquina Taguá, no bairro da Liberdade - na época dirigido por Christopher e Shirley Parker, apresentou com sucesso "O Diário de Anne Frank", dirigida por Almira Mello. Não a assisti por estarmos trabalhando no Rio Grande do Sul naquele ano, mas os bons comentários chegaram até lá.
Elizabete Mello Almeida forneceu-me as fotos em preto e branco nas quais, para realçar, anexei alguma paisagem holandesa. Obrigado, Bete!

Os sobrenomes dos que participaram em ambos os elencos mostrados eram os da época.

A cena poderá ser reconhecida por quem já leu o famoso livro ou assistiu a algum filme a seu respeito. A quem ainda não conhece o best-seller de tantas épocas que as fotos aguçem a curiosidade para lê-lo.


À esquerda, o local em Amsterdam onde se esconderam, hoje "Museu Anne Frank", na Prinsengracht 267.




À direita, quase no mesmo estilo, o hotel Elim do Exército de Salvação (Leger des Heils), onde me hospedei em 1973.












O quarto ocupado por Anne e o Sr. Dussel, com as fotos de seus artistas preferidos etc., que se conservam como no original.




A cozinha original, que servia também de sala de estar, e abaixo a igreja Westerkerk, que ficava bem próxima ao Anexo-Secreto e a que Anne se refere diversas vezes em seu diário.




Elenco:


Otto Frank = Gerson Oliveira, Edith Frank = Lizete Oliveira, Anne Frank = Mirene Fonseca, Margot Frank = Elizabete Mello, Sr. van Daan = Mario Wunderlich, Sra. van Daan = Miriam Fonseca, Sr. Dussel = Theodoro Iung, Peter van Daan = Luiz Carlos Mello, Sr. Kraler = Moraes, Miep = Lilian Mello.





Tendo dirigido a peça, Almira Mello esteve sempre atrás das cortinas, mas no Congresso Internacional. em Londres, em 1978, destacou-se pelo traje típico estilizado que usou - de plantadora de café - para representar o Brasil. O saudoso major Theodoro Jung, o "Sr.Dussel" da peça, não mais "escondido", mas em alta evidência, na foto empunha orgulhoso a bandeira nacional; Luiza Lopes, a placa Brazil. A minha Anne (li) Frank (e) aparece à direita. Trabalhávamos na época em Portugal. Foto tirada no Estádio Wembley.


"A pena com que Anne Frank escreveu seu diário foi mais poderosa do que a espada de Hitler."


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No ano de 1984, o então líder nacional do Exército de Salvação, Carl S. Eliasen, pediu-me introduzir o assunto teatro no Colégio de Cadetes (seminário), que na época era dirigido por Frederick e Marie Shaw. Depois de algum tempo ensaiando com os cadetes, apresentamos "O Diário de Anne Frank" no Corpo de Niterói-RJ e, pouco mais tarde no mesmo ano, no Corpo do Bosque -hoje na Rua Juá, 264 - em São Paulo. Nessa ocasião tivemos a honra de ter na platéia um sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. As fotos abaixo dizem respeito à última apresentação. Com exceção à do Chanukah, foram fotografadas no meu "anexo não-secreto", no sobrado do Corpo de Hämeenlinna, Finlândia, hoje dirigido por minha esposa.



















As fotos abaixo representam o momento, no início da peça que adaptei, quando Otto Frank - o único sobrevivente que se escondera no Anexo - visita o lugar e Miep entrega-lhe o diário de Anne, que resgatara da confusão em que ficou o local após serem delatados e levados pela Gestapo (o final da peça foi marcado pelas vozes guturais dos furiosos nazistas arrombando o local e cada participantes saindo de cena silenciosamente).


Elenco:

Anne Frank = Sandra Gardim, Otto Frank = Paulo Franke, Edith Frank = Katia Araújo, Margot Frank = Lynnel Shaw, Peter van Daan = Torben Eliasen, Sr. van Daan = Mario Freitas, Sra. van Daan = Maria Lúcia Freitas, Miep = Verônica Jung, Elli = Vilma Rosa, protetora extra = Clóris Rocha, som = Rogério Wunderlich.



Na foto acima, os que se esconderam no Anexo Secreto; abaixo, os que os protegeram, arriscando suas próprias vidas, mas que graças ao seu heroísmo mantiveram com vida por dois anos os judeus escondidos.

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"O Diário de Anne Frank" com script para teatro, que encontrei no Centro Cultural na Vergueiro, em São Paulo, e depois adquirido em um sebo no centro da cidade. Por que não montar a peça em sua escola, igreja, clube?

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LINKS:

Como localizar fácil temas do Holocausto neste blog


Imprima ou tenha à mão papel e caneta...





E veja fotos e leia meus comentários relacionado à visita ao Museu Anne Frank em Amsterdam e à casa onde nasceu Anne em Frankfurt am Main/ Os últimos meses e dias de Anne Frank/ Visita ao Campo de Concentração de Bergen-Belsen, onde morreram Anne e Margot (foto de sua sepultura simbólica)/ Otto Frank e o diário de sua filha, anos depois...



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"The diary of Anne Frank" - 1959



Criancas do Holocausto, com mencão inicial à Anne Frank


O recém-inaugurado Museu do Holocausto em Curitiba:


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27 fevereiro, 2012

No Ar, o Noir Vencedor do OSCAR: "O Artista" (Mais de CHAPLIN)


1a parte - O Oscar

2a parte - Charles Chaplin

3a parte - Meditação "Preto e Branco"

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O OSCAR


Acreditem, eu estava tão "no ar" com relação aos filmes candidatos ao Oscar deste ano que nem sabia quais seriam, somente "O Artista" (The Artist). E mesmo antes do dia da entrega do Oscar, ontem (26.02.2012), coloquei no meu perfil do Facebook a foto em preto e branco acima, antevendo essa vitória. E já que mencionei a palavra altamente desejada na festa do Oscar, estar na foto com Victoria Chaplin é indicativo de que seu pai Charles Chaplin está inserido no contexto desta postagem que aborda também o tema cinema mudo e e filme preto e branco.



O Oscar de Melhor Filme foi para "O Artista", romance francês ambientado em Hollywood nos anos de 1920 e 1930 sobre um ator falido que descobre o amor em tempos em que o cinema está mudando do mudo para o falado.
O filme ganhou cinco prêmios na 84ª edição do Oscar, incluindo Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Figurino e Melhor Direção.

Mostrada de forma humorística no filme do diretor Stanley Donen, de 1952, "Cantando na Chuva" (Singing in the Rain), a transição do cinema mudo para o falado, no entanto, foi penosa e muitos artistas perderam seu emprego e sua fama.


Outra cena cômica do filme citado acima.
"'O Beijo', lançado em 1929 e protagonizado pela atriz sueca Greta Garbo, foi o último filme mudo da MGM e o último da história de Hollywood, com exceção de duas jóias raras de Chaplin: 'Luzes da Cidade' e 'Tempos Modernos'.
No final de 1929, o cinema de Hollywood já era quase totalmente falado. No resto do mundo, por razões economicas, a transição do mudo para o falado foi feita mais lentamente."(Wikipedia)

O filme preto e branco campeão de bilheteria, "A Lista de Schindler" (1993), de Steven Spielberg, deu mais autenticidade e realismo ao filme com o tema Holocausto. No passado dos anos 50 e mesmo 60 filmes em preto e branco eram sinônimos de cultura e bons temas, enquanto que em Technicolor mais "água com açúcar".


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CHARLES CHAPLIN


Meus leitores mais assíduos e mais antigos sabem que meu saudoso pai era fã de Carlitos (por coincidência, ambos morreram no mesmo ano de 1977)...


... e possuia uma grande coleção de seus filmes mudos.


Nas recordacões da infância, as nossas festas de aniversário onde os filmes mudos de Carlitos eram projetados à meninada barulhenta sentada no chão. Benfeitor da obra do Exército de Salvação, com frequência ia passar os filmes de Carlitos e outros do cinema mudo aos internos do Lar de Meninos de Pelotas-RS (veja link).


O próprio menino Charles Chaplin frequentou as reuniões para crianças do Exército de Salvação em Londres.



Chaplin sobre a sua mãe: "Se não fosse por minha mãe, duvido que pudesse ter feito sucesso na pantomima. Ela era uma das melhores artistas da pantomima que eu já vi. Podia ficar horas e horas olhando as pessoas na rua e ilustrando o que via com as mãos, olhos e expressão facial. E o tempo todo ela disparava rajadas de comentários, uma observação atrás da outra. E foi assistindo a minha mãe e a ouvindo que aprendi não só como expressar as emoções com as mãos e com o rosto, mas também a observar e a estudar as pessoas. (Chaplin em entrevista para o American Magazine, 1918).

"Ao final do contrato Mutual, eu estava ansioso por fazer um novo com o First National, mas nós não tínhamos estúdio. Decidi, então, comprar um terreno e construir o meu próprio. O lugar era na esquina da Sunset com a La Brea e tinha uma grande casa e cinco alqueires de árvores de limão, laranja e pêssego." (Hoje)



Charlie construiu seu estúdio em 1918 depois de assinar um contrato com o First National Pictures por mais de um milhão de dólares, soma que obteve de seu filme "O Vagabundo" (The Tramp) . Todos os seus filmes clássicos foram feitos ali, inclusive "O Garoto" (1920), "A Corrida do Ouro" (1925), "Luzes da Cidade" (1931), "Tempos Modernos"(1936) e "O Grande Ditador" (1940).



Ocupantes mais recentes do seu estúdio têm sido a CBS e Red Skelton. Em 1966, Herb Alpert e Jerry Moss compraram a propriedade e fizeram ali a A&M Records. A Companhia Jim Henson comprou a histórico estúdio em abril de 2000, mudando para ali os Muppets e todas as operações do Raleigh Studios (1416 La Brea Ave. Central Hollywood).




O Facebook tem mostrado fotos e escritos atribuídos ao grande cômico, embora em alguns paira a dúvida se de fato foram escritos por ele mesmo (uma amiga que conhece sua biografia em português tem feito o teste: se tais dizeres constam ali são de sua autoria, do contrário, podem ser de fontes duvidosas, por mais belos que sejam).









O cômico inglês recebeu o título de Sir e foi tema de um selo da Inglaterra.



Sydney Chaplin (1926-2009), ator e filho de Carlitos, morreu aos 82 anos e aparece ao lado do lançamento de um selo americano em homenagem ao seu famoso pai foto (ednapurviance.org)

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MEDITACÃO "PRETO E BRANCO"

E, finalizando, entra em cena uma meditação do livro "Edificação Diária", que Deus me deu a oportunidade de escrever.

"Deus fará renovar-se o que se passou" (Eclesiastes 3:15).

"Quando você era pequena, era tudo em preto e branco?" - foi a pergunta de um garotinho à sua mãe ao ver um antigo álbum de fotografias.

Muitos de nós temos as nossas fotos de infância em preto e branco, de um tempo quando filmes coloridos ou não existiam ou eram caros demais. Hoje, fotos coloridas são comuns enquanto que fotos em preto e branco são consideradas especiais e artísticas.

Ao recordar a infância e a juventude, podemos questionar se aqueles tempos não eram bem mais cheios de cor do que os atuais. Observando crianças e jovens da classe média alta, por exemplo, que obtêm tudo de forma tão fácil e mesmo assim parecem tão descontentes e desmotivados, quase concluo que o seu estado de espírito e a sua vida são nas tonalidades "preto e branco", o mesmo acontecendo com muitos adultos.

Naquele tempo valorizava-se mais o que se possuía, passeios ou viagens eram uma espécie de sonho, encontros familiares uma verdadeira festa, razão por que muitas pessoas são unânimes em afirmar que a vida era bem mais pitoresca e cheia de cores do que atualmente. O mundo com a sua moderna tecnologia coloriu-a em muitos aspectos, mas o coração de muitas pessoas tornou-se depressivo nos seus tons cinza ou mesmo preto e branco.

Conscientizados de que ao nosso redor há tantas pessoas com o coração cheio de sombras, deveríamos examinar o nosso testemunho cristão para verificar se continua com as cores firmes ou se tem desbotado. Que o nosso viver convença outros de que religião genuína é algo belo e cheio de matizes e não algo sombrio e deprimente, a própria sugestão de Satanás.

Que a transformação que houve em nós seja um reclame atrativo a fim de que outros também a busquem. Essa transformação, de fato um verdadeiro milagre, é obra dAquele que nos criou, para que vivêssemos não nas sombras da queda mas no colorido do paraíso.

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L I N K S


O Oscar honorário recebido por Charles Chaplin:

http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=J3Pl-qvA1X8

Charles Chaplin com Oona em seu lar em Vevey, Suíca, dois anos antes de seu falecimento...

http://www.youtube.com/watch?v=1rlpSC1iF_E

A família de Chaplin o homenageia:

http://www.youtube.com/watch?v=x957y9E9VHQ&feature=endscreen&NR=1

"Le Cerque Invisible", show com Victoria Chaplin e Jean-Baptiste Thierre:


Meu encontro com Victoria Chaplin no shopping-center e logo após o show:

http://paulofranke.blogspot.com/2006/07/ele-era-importante.html

Passando por Vevey, Suíça, fui visitar as sepulturas de Charles e de Oona, além de dar uma de paparazzi e tentar fotografar sua mansão.


"... And the Oscar goes to.../... E o Oscar vai para..."

http://paulofranke.blogspot.com/2011/02/and-oscar-goes-to-entrega-do-oscar.html

"Dois filmes indicados - finlandês e brasileiro - mas que não ganharam o Oscar"

http://paulofranke.blogspot.com/2010/03/dois-filmes-finbra-que-nao-ganharam-o.html

Os reais filmes campeões de bilheteria (postagem imperdível!)

http://paulofranke.blogspot.com/2010/03/os-reais-campeoes-de-bilheteriafilmes.html

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