Paulo Franke

28 maio, 2011

TOY STORY: Woody, Buzz etc....parecidos conosco!

Os bonecos do Toy Story só me são familiares por vê-los nas mãos de meu netinho. A história deles, transformadas em três filmes de sucesso, desconhecia totalmente. Há pouco lembrei-me de um artigo que publiquei acerca deles quando era editor do nosso jornal, na década de 90, certamente quando recém haviam sido lançados. É o assunto desta nova postagem, ilustrada com minhas fotos "pra lembrar meu netinho que deles é fã" e tiradas na DisneyParis no ano passado.




"Logo que Andy, de seis anos, vira as costas, os seus brinquedos passam a ter vida. O cowboy Woody - o favorito de Andy - é feliz por ser o xerife e mostrar a sua capacidade como líder da turma do quarto de brinquedos. Mas Woody e a turma não estão felizes. Andy vai-se mudar logo de casa e os brinquedos estão preocupados em serem deixados para trás.



Pior ainda, Andy está tendo uma festa de aniversário surpresa. A ameaça de ser substituído por um novo brinquedo dá calafrios no Woody e causa pânico entre os seus colegas.
Andy pensa que você é o maioral, não porque você é um astronauta de verdade, mas porque você é divertido, diz Woody tentando desesperadamente encorajar Buzz. Por que Andy iria querer brincar comigo quando ele tem alguém como você? Eu é que deveria ficar preso em um foguete, comentam.



Apesar de Woody animar-se, Buzz ainda tem que enfrentar o lançamento da nave. De alguma maneira eles precisam escapar das malévolas e chegar em casa antes da transportadora de mudança partir. Ou então ficarão perdidos, sem Andy para sempre.




O que lemos acima é parte da história do primeiro projeto de filme animado - Toy Story - produzido inteiramente por computador. Apesar dos artistas não serem nada além de gráficos produzidos por computador, eles representam muitas caracteríticas humanas. Woody, Buzz e seus colegas têm inseguranças, invejas, fantasias e temores. Precisam desesperadamente ser amados, aprovados e desejados pelo seu proprietário.




Na maneira como pensam, sentem e reagem os brinquedos são como nós. Tememos ser rejeitados. Precisamos ser amados, aprovados e desejados. Queremos ficar a salvo do perigo.

Felizmente, a Bíblia registra o que o nosso Criador projetou para nós: Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16).

Aqueles que colocam a sua fé em Jesus não precisam temer rejeição, pois Ele jamais rejeitará alguém. Eis uma idéia que não é brincadeira e que deve ser colocada em ação! Faça-o e verá a diferença que acontecerá em sua vida!


(The War Cry - Inglaterra)


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Próxima postagem:


Os 200 anos do compositor húngaro Franz Liszt


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27 maio, 2011

Hollywood Stars Crianças 3 - Jeff Chandler - Robert Wagner

Aos meus amigos e amigas cinéfilos

Quem é o menino judeu que morava ao lado da sinagoga?





O verdadeiro nome de JEFF CHANDLER era Ira Grossel (na foto com 8 anos) e nasceu em uma família judia no Brooklyn, New York, filho único de Anna (Shapiro) e Phillip Grossel. Estudou na Erasmus Hall High School, a alma-mater de muitos artistas do teatro e do cinema.





Na verdade, enfocar Jeff Chandler aqui é uma homenagem a uma amiga chamada Glória, que iniciou uma comunidade do Orkut e mesmo uma página no Facebook com o nome do ator de quem é fã ardorosa.





Este mês de junho de 2011 marca os 50 anos da morte de Jeff Chandler, noticiada no recorte de jornal que Glória herdou, como costumo dizer, de sua mãe, que era também fã do astro de Hollywood.





Poucos anos antes de morrer, com 42 anos, Jeff visitou Israel em 1959. Um monge fala-lhe a respeito da sinagoga da cidade de Cafarnaum, cujas ruínas situam-se às margens do Lago Genesaré (Mar da Galiléia). Foto Wikipedia.



Como gosto de links, coloco aqui minha foto no mesmo lugar, que eu havia visitado em 1986 e que retornei este ano, no mês de abril. Jesus ensinou nesta sinagoga histórica.



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Nascido em Detroit, Michigan, em 2 de outubro de 1930, ROBERT WAGNER era filho de um executivo do aço. Seu primeiro filme foi "The Happy Years" (1950), mas trabalhou em pequenos papéis em filmes com temas militares, até o filme "With a song in my Heart" (Quando canta o coração), em 1952. Sua atuação neste filme, em que trabalhou com Susan Hayward, valeu-lhe o contrato com a 20th Century Fox. Em "O Naufrágio do Titanic" (1953) contracenou com Barbara Stanwyck, com quem teve um romance, ainda que fosse muito mais velha do que ele.




Outro link: Robert Wagner, Eddie Albert e Kim Catrall, da série de TV "Switch", recebem orientação do salvacionista Bill Flinn, mestre da banda do Exército de Salvação de Hollywood-CA, para a participação de Bob tocando o bombo na citada banda que participou de uma cena de parada da série.



Bob Wagner hoje.





A filha de Bob e de Natalie Wood - com quem se casou duas vezes, em 1957 e em 1972 - apareceu recentemente em um programa da TV americana.



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L i n k s



Minha foto diante da casa de Robert Wagner dias depois da morte de Natalie:

http://paulofranke.blogspot.com/2009/06/michael-jackson-james-dean-natalie-wood.html




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24 maio, 2011

Quando fiquei preso por causa das CINZAS DO VULCÃO

Puxa, foi somente no ano passado e novamente uma erupcão de vulcão da Islândia!!


Desta vez, assistindo a tudo pela TV no aconchego do home, sweet home, a história é diferente de quando fiquei preso em Israel pelo mesmo motivo.


Convido o caro leitor a rever minha postagem - com belas fotos de Tel-Aviv - ou então lê-la pela primeira vez:




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21 maio, 2011

À Sombra Sinistra do NAZISMO - 2


Em 1930, o Graf Zeppelin, orgulho dos alemães, visitou Helsinki. Em conexão com essa visita à Finlândia, foi emitido um selo comemorativo e 8.500 cartas e postais foram enviados à Alemanha pelo "gigante dos ares" (Museu dos Correios).



Algumas cidades brasileiras puderam admirar o Graf Zeppelin em sua passagem pelo Brasil. Na foto de 29.06.34, sobrevoa a cidade gaúcha de São Leopoldo, berço da colonização alemã que foi iniciada no biênio 1824-1825 no Rio Grande do Sul.



Pelotas-RS guarda na sua memória a passagem do "gigante dos ares" que sobrevoou sua zona central, atraindo milhares de pessoas, muitas delas quem sabe meus parentes naquele ano de 1934. Nove anos depois, a "cegonha" visitou a casa de meus pais... eu nasci.



Na coleção que herdei de meu saudoso pai, selos da Alemanha nazista.

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Em 1945, Ruben Martin Berta era o mais antigo
funcionário da VARIG, na qual começou a trabalhar
desde os 19 anos. Em 1941, quando o Brasil tomou posição
ao lado dos aliados, durante a II Guerra Mundial,
Otto Ernst Meyer, fundador e primeiro presidente
da empresa, levando em conta sua origem germânica,
decidiu renunciar à presidência, temendo possíveis
dificuldades. Rubem Berta foi então eleito o
novo presidente, dando um grande impulso
ao crescimento da empresa. (Google)


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A atriz alemã Marlene Dietrich (1901-1992) foi uma convicta anti-nazista. Destacou-se como a artista de Hollywood que mais vendeu bônus de guerra (war bonds). Apresentou-se às tropas americanas e aliadas na Inglaterra, França, Itália e Algéria. Em 1947, foi agraciada com a Medalha Presidencial da Liberdade, dos EUA, e foi homenageada pelo governo francês com a Légion d'Honneur pelo seu trabalho na guerra.

Morreu em Paris, com 90 anos, e foi enterrada em Berlim no cemitério
Friedenan, perto da sepultura de sua mãe e não distante do lugar
onde nasceu. Em 2001, quando visitei Berlim pela primeira vez, sendo hospedado em uma instituição social do Exército de Salvação (Die Heilsarme) perto desse cemitério, fotografei sua simples sepultura. Infelizmente, minha foto "queimou", portanto a foto que publico foi conseguida através do Google.



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Os nazistas etiquetavam a arte e a música judias e negras como degeneradas. Esta gravura apresenta um músico de jazz negro com a estrela de Davi, símbolo judaico, presa à lapela, para escárnio de ambos (extraído de um jornal da década de 60).



Praticamente nada sei acerca do movimento Rearmamento Moral, no entanto nunca me esqueci da apresentação do grupo Sing Out Deutschland, ligado a ele, na cidade de Joinville-SC, minha primeira nomeação, em 1966. Uma das músicas de mais sucesso do coral era: "Deus tem uma pele/ Qual a cor de sua pele?/ Eu digo branca, vermelha, preta, seja qual for/ Todos são iguais aos olhos do Senhor!" e também "Viva a gente, vocês poderão conhecer montes de gente, a melhor espécie de ser/ Se mais gente quisesse cuidar de gente no porvir/ Existiria menos gente difícil e mais gente com coração". Nas décadas seguintes, eu participava dos musicais salvacionistas "Gente de Jesus" e "Espírito"(Larsson-Gowans), que muito se assemelhavam ao Sing Out na sua coreografia e modo de se apresentar, certamente copiados dos musicais da Broadway.

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O líder internacional do Exército de Salvação no início da década de trinta, General Carpenter, aparece nesta foto em visita à Alemanha quando o nazismo começava a ser sendo introduzido no país. Alguns anos depois dessa visita, o Heilsarme foi proibido do uso de seu uniforme e da celebração de reuniões evangelísticas. Mesmo banido de diversas formas, os salvacionistas mantiveram sua fé e tão logo a guerra terminou voltaram às suas atividades tanto nas áreas espirituais quanto sociais.
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O episódio "Os nazistas", uma lição da história, apresentado pela BBC2 na década de noventa, inclui uma citação de Hitler. Quando ele soube que um de seus tenentes estava aborrecido com a forma bárbara pela qual a Polônia estava sendo purificada de alemães não-étnicos, afirmam que o Fuhrer disse: "Não podemos querer ganhar a guerra usando os métodos do Exército de Salvação!" (The Salvationist)

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Das páginas amareladas do exemplar que possuo de Seleções, de maio de 1943, ano em que nasci, uma propaganda da Kodak: "O soldado escreve uma carta numa folha de papel do tamanho habitual. A carta é fotografada em microfilme Kodak e, acompanhada de milhares de outras - 85.000, que pesariam 1.000kgs. ficam reduzidas a 10kgs. quando microfotografadas. Nos EUA a carta é fotografada e restituída ao seu tamanho natural, fechada no envelope e remetida aos parentes e amigos. Foi a Kodak que imaginou e realizou o processo da Mala Aérea V" (outros "comerciais" da época serão publicados nas seguintes postagens da série).



A cidade alemã de Frankfurt am Main foi bombardeada pelos aliados e 5.500 cidadãos foram mortos. O famoso centro medieval foi totalmente destruído. Após a guerra a reconstrução foi feita em estilo moderno e simples. Apenas poucos edifícios foram reconstruídos de acordo com o modelo histórico (foto)



De passagem por Frankfurt am Main, ao fazer escala para o Brasil em um dos maiores aeroportos da Europa, no coração da Alemanha, fiz amizade com um judeu que procedia de Israel e se dirigia a Nova York. Outros tempos...

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Uma amiga do Orkut cedeu-me esta foto em que, em um dia gélido em uma cidade do leste europeu, é fotografada junto a uma placa onde constam nomes de campos de concentração, alguns visitados por ela, como Dachau. Os dois primeiros da lista, Auschwitz e Bergen-Belsen foram os que visitei, inclusive Treblinka que não consta na placa (ver minhas postagens sobre as visitas a esses três campos procurando através do Índice de todos os meus tópicos)

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O DIA D - uma vitória interior nas praias da Normandia.

Entre os milhares que estiveram nas praias do norte da França no dia 6 de junho de 1984, lembrando-se daqueles que deram suas vidas no conflito estava Ruth, que perdeu um irmão na batalha. Leia sua história.

Tomando sol à beira da praia, Ruth notou que um homem debatia-se, em dificuldade, no mar. Seus conhecimentos de enfermagem fizeram com que o acudisse prontamente, sem mesmo refletir sobre o fato de que era uma pessoa do reduzido número de ingleses no meio de uma multidão de banhistas alemães. Assim, nadou até o local e conseguiu, com certa dificuldade, puxar o homem para a praia, iniciando logo os primeiros-socorros.

Entre os que a rodeavam, adiantou-se a ajudá-la um médico inglês que de imediato concluiu que não havia mais esperanças para o homem. Ruth, no entanto, não desanimou e continuou tentando salvar aquela vida enquanto muitos pensamentos vieram-lhe à mente.

Aquele homem, um alemão, aparentava ser da mesma idade de seu irmão que morrera na guerra e, de alguma forma, era um representante daqueles que direta ou indiretamente, haviam causado tanta desgraça ao mundo, semeando ódio e amargura em tantos corações, inclusive no seu.

Vendo-a aquietar-se e baixar a cabeça por um momento, o médico perguntou-lhe: "O que você está fazendo?" "Estou orando", respondeu Ruth. Ali, naquela praia, ergueu o seu coração a Deus e falou: "Descanse em paz, meu jovem! Eu o perdôo." Naquele momento, como contou-me mais tarde, uma grande sensação de paz, uma paz que permanece até o dia de hoje, apossou-se dela.

Ruth compareceu às celebrações dos 40 anos do Dia D sem amargura ou rancor. Ambos os seus "irmãos", o inglês e o alemão, estão descansando em paz. Foi, naturalmente, um dia triste e comovente para Ruth, mas também um dia em que se lembrou de sua vitória, uma poderosa vitória que foi ganha no seu íntimo.

Jesus ensinou-nos a orar, dizendo: "Perdoa-nos... assim como nós perdoamos..." Que poderosa corrente sanadora haveria no nosso mundo se a oração de Jesus, que Ruth conseguiu fazer, pudesse ser sinceramente proferida por cada um de nós!

Coronel Rhys Dumbleton - The War Cry - Inglaterra

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L i n k s


Sob a sinistra sombra do nazismo - 1

http://paulofranke.blogspot.com/2011/01/sombra-do-nazismo-1.html


"Quando a Segunda Guerra Mundial começou..."

http://paulofranke.blogspot.com/2008/11/quando-segunda-guerra-comecou-ajcronin.html


Visita a Nuremberg, ao local do julgamento e à tribuna Zeppelin, onde Hitler proferia seus inflamados discursos e havia grandes desfiles às "glórias" do nazismo:


http://paulofranke.blogspot.com/2008/07/de-trem-pela-europa-4-nuremberg.html


A primeira vez que visitei Berlim - às ruínas do quartel da Gestapo, à sinagoga central em ruínas etc.

http://paulofranke.blogspot.com/2009/11/primeira-visita-berlim-os-20-anos-da.html


A segunda vez que visitei Berlim - ao monumento ao Holocausto, próximo ao Portão de Brandemburgo, local onde Hitler fazia suas "triunfais" paradas.

http://paulofranke.blogspot.com/2008/07/de-trem-pela-europa-2-berlim-alemanha.html


Lista de parte de minhas postagens sobre o Holocausto (o Índice de todos os meus tópicos fornecerá os títulos das mais recentes):

http://paulofranke.blogspot.com/2009/05/minhas-postagens-sobre-o-holocausto.html

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Próxima postagem ( aos meus amigos cinéfilos) :

Hollywood Stars Crianças - 3 (Jeff Chandler e Robert Wagner)

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17 maio, 2011

A Família que Escapou do Genocídio e a ADHONEP


"Você iria gostar muito de ler este livro!" disse-me minha esposa assim que terminou a leitura em finlandês do "O povo mais feliz da terra", emprestado por sua cunhada Marja no final da década de 70. Anos mais tarde, visitando uma livraria evangélica, perguntei-lhe: "É por acaso este o livro que queria que eu lesse? Se é este, veja, há em português, recém-lançado!" Compramos e logo comecei a lê-lo para, no final, recomeçar a leitura de tanto que gostei!


O leitor que estiver interessando certamente poderá ler a respeito na contracapa (acima). Minha edição é a de 1982 da Casa Publicadora das Assembléias de Deus - CPAD, com tradução de Dulce Estudante, Sara Duarte e Davi Pessoa. Posteriores edições certamente variaram a capa e desconheço a da atual.


O autor é Demos Shakarian, que em seu livro narra uma longa série de fatos relacionados com cristãos armênios que se refugiaram nos Estados Unidos. Já falecido, foi o fundador e por muito tempo o presidente da Full Gospel Business Men's Fellowship Internacional (Associação Internacional dos Homens de Negócio do Evangelho Pleno - ADHONEP). Abaixo, transcrevo pequena parte do início do livro que bem poderia ser chamado de O genocídio dos armênios profetizado.


"O verdadeiro nome do homem era Efim Gerasemovitch Klubniken, e tinha uma história fantástica. Era de origem russa, sendo a sua uma das primeiras famílias pentecostais a atravessar a fronteira e a fixar residência permanente em Kara Kala, Armênia.

Efim não sabia nem ler nem escrever, contudo, sentado na sua casita de pedra em Kara Kala, ele viu diante de si uma visão de mapas e uma mensagem numa escrita muito bela. Enfim, pediu caneta e papel. E durante sete dias, sentado à mesa de tábuas onde sua família comia, copiou laboriosamente a forma e contorno de letras e diagramas que passavam perante os seus olhos.

Quando acabou, o manuscrito foi levado a pessoas da aldeia que sabiam ler. Sucedeu que esta criança analfabeta havia escrito, em caracteres russos, uma série de instruções e avisos. Num tempo não especificado, no futuro, escreveu o rapaz, todos os cristãos de Kara Kala estariam num perigo terrível. Ele predisse um tempo de inexplicável tragédia para toda a área, quando centenas de milhares de homens, mulheres e crianças seriam brutalmente assassinados.

Viria o tempo, advertia ele, em que todos da região teriam de fugir. Deveriam ir para uma terra do outro lado do mar. Apesar de nunca ter visto um livro de Geografia, o rapaz profeta desenhou um mapa mostrando exatamente para onde deveriam fugir os cristãos. Para total espanto dos adultos, a extensão de água, representada com toda a exatidão no desenho, não era o próximo Mar Negro ou o Mar Cáspio, tampouco o longínquo Mediterrâneo, mas o distante e inimaginável Oceano Atlântico. Não havia dúvida sobre isso, nem acerca da identidade da costa oriental dos Estados Unidos da América.

Os refugiados, porém, não deveriam estabelecer-se aí, continuava a profecia. Era preciso continuar a viajar até alcançarem a costa ocidental da nova terra. Lá, escreveu o rapaz, Deus os abençoaria e os faria prosperar, e a semente deles seria uma bênção para as nações. (páginas 17 a 19)

Em 1914, um período inimaginável de horror chegou à Armênia. ... Mais de um milhão de homens, mulheres e crianças morreram em marchas mortais, inclusive todos os habitantes de Kara Kala. Outro meio milhão foi chacinado nas próprias aldeias, num programa que mais tarde serviria de modelo a Hitler na exterminação dos judeus. "O mundo não interveio quando a Turquia destruiu os armênios" - relembrou ele aos seus seguidores - "Não intervirá também agora".


Os poucos armênios que conseguiram escapar das áreas sitiadas trouxeram com eles histórias de grande heroísmo. Contavam que os turcos deram algumas vezes aos cristãos uma oportunidade de negar a sua fé em troca das suas vidas. O procedimento favorito era fechar à cheave um grupo de cristãos num celeiro em chamas: "Se desejarem aceitar Maomé em vez de Cristo, abriremos as portas", diziam. Uma vez mais os cristãos escolhiam morrer cantando hinos de louvor, à medida que as chamas os engoliam. Os que prestaram atenção ao aviso do rapaz profeta e procuraram asilo na América, ouviram as notícias consternados. "(páginas 20 e 21)

A família de Demos Shakarian estava entre os que fugiram, refugiando-se na costa oeste dos Estados Unidos.



Na época da leitura do livro, no início da década de 80, eu trabalhava em São Paulo e procurei saber onde haveria um dos jantares da ADHONEP, citados na continuação do fascinante livro de Demos Shakarian. Como quem procura acha, fiz minha reserva e naquela noite vesti o meu melhor uniforme salvacionista e fui para o endereço indicado: o Terraço Itália.

Quem lá já esteve conhece a vista noturna que se descortina aos nossos olhos. Mas naquela noite descortinava-se aos meus olhos o ministério da ADHONEP que têm trazido milhões de pessoas, principalmente homens e mulheres de negócio, aos pés de Cristo. Foi servido o jantar ao som de grupos de louvor e, após, foi dada a mensagem da Palavra de Deus, como em uma reunião evangélica, dessa vez em um ambiente de luxo, de modo que atraísse homens de negócio que de outra forma não entrariam em um templo evangélico: o grande e fino restaurante estava repleto!



Alguns anos depois que eu lera o livro, fiz amizade com um filho de armênios que era um homem de negócio. Recomendei-lhe a leitura do livro de Shakarian e certo dia ele me ligou, maravilhado: "Porque você me apresentou, através do livro, à ADHONEP, vamos procurar saber onde será o próximo jantar do grupo e... pagarei para você e para a sua esposa o jantar!" Hotel Maksoud Plaza, na Av. Paulista!! Ainda bem que ele nos prometeu pagar, do contrário não teríamos condições financeiras para participar.. (foto).

Assim, passei a "ficar de olho" nos jantares da ADHONEP e participar dos que e quando pudesse, não como homem de negócio, mas como servo de Deus no Exército de Salvação, como diz o ditado: "A pior das profissões, mas a melhor das vocações".

Nunca me esqueço de um certo jantar que, como sempre, estava repleto de homens de negócio. O serviço de jantar foi excelente, mas a "comida espiritual" para mim estava a desejar. O preletor falou à seleta assistência como quem fala a crianças da escola dominical, e isso me fez sentir um pouco desconfortável. Contou a história de Zaqueu, homem de pequena estatura que era coletor de impostos. E frisou que Zaqueu era um homem temeroso e que o medo era o seu companheiro constante. Após contar do encontro com Jesus e da salvação que entrou no coração e no lar do pequeno homem, foi feito um apelo a quem quisesse chegar à frente para orar. Do meu lugar à mesa, fiquei orando mas também atento a se alguém se aproximaria para orar... Envergonhado perante Deus da minha atitude, vi dezenas de homens de negócio, alguns emocionados, ajoelhando-se à frente para aceitar Jesus como Salvador pessoal!

E houve a participação em um jantar da ADHONEP no estado americano de Massachusetts, quando lá trabalhamos e vivemos, e então a surpresa foi outra: reunimo-nos em um salão simples onde foi servido o jantar e realizada a reunião. Que diferença do Terraço Itália ou de uma das salas do Macksoud Plaza!!


Em 1993, voltando da primeira vez em que vivemos na Finlândia, em Åland, fomos morar na minha cidade natal, Pelotas-RS. E lá, para feliz surpresa minha, conhecemos o Dr. Joaquim P. de Moraes, que era o presidente da ADHONEP local. O simpaticíssimo Dr. Joaquim tornou-se um grande amigo e sua esposa Elaine era tia de um jovem seminarista que lá conhecemos e que veio a casar-se com nossa segunda filha.

























E como formávamos uma "família cantante", logo fomos convidados a participar na parte musical dos jantares locais da ADHONEP. Isso aconteceu pelo menos duas vezes, para nossa alegria espiritual e também física... vivíamos pela fé e lautos jantares eram a própria providência do Senhor.

Os meses em que vivemos em Pelotas serão lembrados sempre, não só pelos jantares da ADHONEP, mas pela comunhão com irmãos evangélicos pelotenses e pelo carinho com que cercaram a nossa família, vinda da distante Finlândia, do norte do mundo ao sul do Brasil. Entre os nossos grandes amigos houve um então-tenente do Nono Regimento de Infantaria e um soldado do mesmo regimento (ambos hoje no Facebook), também um jovem que hoje é um bem-sucedido pastor... enfim, foram tantos que ao nomeá-los poderíamos incorrer em falta por esquecimento de alguns.



Uma foto da Internet mostra um jantar em alguma das tantas cidades brasileiras onde opera a ADHONEP. O leitor interessado em saber mais a respeito deste ministério internacional iniciado por Demos Shakarian, tem a ferramenta do Google para "cavar" e encontrar informações preciosas de onde opera no Brasil este movimento que poderá movimentar sua vida, para frente, com certeza!



Na história do Exército de Salvação nos Estados Unidos uma figura é destacada: a de Nashan Garabedian, que nasceu na Turquia em 1860, filho de pais armênios. Seu pai foi ministro da Igreja Episcopal nos Estados Unidos, igreja de muitos armênios. Nathan, que mudou seu nome para Joseph, vendeu seu estabelecimento comercial e tornou-se oficial do Exército de Salvação. Seu ministério bastante extravagante tornou-se muito popular e sua pregação corajosa fez com que fosse aprisionado 53 vezes. A foto de 1910 foi extraída do Krigsropet, nossa revista da Noruega.


Foto da Cadete Thais Eliasen Vianna, do cemitério onde estão sepultados muitos salvacionistas em NY.


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Próxima postagem:

Sob a sombra do nazismo (2)

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11 maio, 2011

"Sentar-se à janela" - Lembranças da antiga VARIG

EsEsta postagem foi planejada com base na leitura de uma crônica recebida pela Esta postagem foi planejada com base em uma crônica que recebi pela Internet, da qual gostei imensamente (de início veio só o texto, mais tarde o mesmo texto com ilustrações magníficas). Aqui, ilustro-a com algumas lembranças em fotos, selos e envelope comemorativo que reuni da antiga VARIG (Viação Aérea Riograndense), empresa que incendiava a nossa imaginação na juventude.









Neste bimotor pela primeira vez viajei de avião, de uma forma bem interessante. Ao pedir certa informação a um piloto militar no antigo Galeão - em 1968, quando eu tinha 25 anos - simpático, à maneira carioca, disse-me "Estou indo para lá, venha comigo!" Assim, em vez de uma informação, ganhei uma carona para Barbacena-MG, uma experiência inesperada ainda que há muito aguardada: andar de avião!

S E N T A R - S E ~ À ~ J A N E L A


Alexandre Garcia


Era criança quando, pela primeira vez, entrei em um avião. A ansiedade de voar era enorme. Eu queria me sentar ao lado da janela de qualquer jeito, acompanhar o vôo desde o primeiro momento e sentir o avião correndo na pista cada vez mais rápido até a decolagem. Ao olhar pela janela via, sem palavras, o avião rompendo as nuvens, chegando ao céu azul. Tudo era novidade e fantasia.



Um antigo comercial da MANCHETE colocava o moderno DC-10 ao lado de um antigo DC-8.



O que não existe mais: as "passagens" escritas à mão... as torres do World Trade Center.


Cresci, me formei, e comecei a trabalhar. No meu trabalho, desde o início, voar era uma necessidade constante. As reuniões em outras cidades e a correria me obrigavam, às vezes, a estar em dois lugares num mesmo dia. No início pedia sempre poltronas ao lado da janela, e, ainda com olhos de menino, fitava as nuvens, curtia a viagem, e nem me incomodava de esperar um pouco mais para sair do avião, pegar a bagagem, coisa e tal.



Envelope com o carimbo comemorativo da inauguracão da linha VARIG para Nova York-1956.




Em 1977, guardei o papel e o envelope ao fazer aquele vôo.


O tempo foi passando, a correria aumentando, e já não fazia questão de me sentar à janela, nem mesmo de ver as nuvens, o sol, as cidades abaixo, o mar ou qualquer paisagem que fosse. Perdi o encanto. Pensava somente em chegar e sair, me acomodar rápido e sair rápido. As poltronas do corredor agora eram exigência . Mais fáceis para sair sem ter que esperar ninguém, sempre e sempre preocupado com a hora, com o compromisso, com tudo, menos com a viagem, com a paisagem, comigo mesmo.



O Super-Constellation no qual meu pai viajou a negócios.


Por um desses maravilhosos 'acasos' do destino, estava eu louco para voltar de São Paulo numa tarde chuvosa, precisando chegar em Curitiba o mais rápido possível. O vôo estava lotado e o único lugar disponível era uma janela, na última poltrona.Sem pensar concordei de imediato, peguei meu bilhete e fui para o embarque. Embarquei no avião, me acomodei na poltrona indicada: a janela. Janela que há muito eu não via, ou melhor, pela qual já não me preocupava em olhar.



Souvenirs no meu armário: copo e colher obtidos com a permissão da comissária de bordo, o emblema de plástico era para as criancas, mas ficou para mim, claro!

E, num rompante, assim que o avião decolou, lembrei-me da primeira vez que voara. Senti novamente e estranhamente aquela ansiedade, aquele frio na barriga. Olhava o avião rompendo as nuvens escuras até que, tendo passado pela chuva, apareceu o céu. Era de um azul tão lindo como jamais tinha visto. E também o sol, que brilhava como se tivesse acabado de nascer. Naquele instante, em que voltei a ser criança, percebi que estava deixando de viver um pouco a cada viagem em que desprezava aquela vista.




À direita, a foto tendo ao fundo um Electra, que fazia a ponte aérea. Sentar-me à janela era um "must" em cada vôo, mesmo de outras empresas!


Pensei comigo mesmo: será que em relação às outras coisas da minha vida eu também não havia deixado de me sentar à janela, como, por exemplo, olhar pela janela das minhas amizades, do meu trabalho e convívio pessoal? Creio que aos poucos, e mesmo sem perceber, deixamos de olhar pela janela da nossa vida. A vida também é uma viagem e se não nos sentarmos à janela, perdemos o que há de melhor: as paisagens, que são nossos amores, alegrias, tristezas, enfim, tudo o que nos mantém vivos. Se viajarmos somente na poltrona do corredor, com pressa de chegar, sabe-se lá aonde, perderemos a oportunidade de apreciar as belezas que a viagem nos oferece.



A VARIG foi fundada em 1927 e sua primeira rota foi entre as cidades gaúchas de Porto Alegre - Pelotas - Rio Grande. O selo, valendo 350 mil reis, é de 1933, seis anos depois.


Se você também está num ritmo acelerado, pedindo sempre poltronas do corredor, para embarcar e desembarcar rápido e 'ganhar tempo', pare um pouco e reflita sobre aonde você quer chegar. A aeronave da nossa existência voa célere e a duração da viagem não é anunciada pelo comandante. Não sabemos quanto tempo ainda nos resta. Por essa razão, vale a pena sentar próximo da janela para não perder nenhum detalhe. Afinal, 'a vida, a felicidade e a paz são caminhos e não destinos'.



O selo de 1968, de somente 10 centavos, comemorava o vôo inaugural Brasil-Japão. Em conexão, o "jinglista" Archimedes Messina, em gravacão da Target Audio e produzido por Eduardo Ribeiro, criou o jingle cantado por Rosa Mi Yake. Lembro-me muito bem dele, que versava a respeito da "Saga de Urashima Taro" (informacão que me chegou a bom tempo por uma boa amiga brasileira que foi funcionária da VARIG por muitos anos em Paris).

http://www.youtube.com/watch?v=WLyaPAmMMfM

Outros informes sobre a história da VARIG, inclusive a respeito de seus famosos jingles - que geralmente terminavam com o popular "Conheca o Brasil pela VARIG, VARIG, VARIG!" - podem ser encontrados no Google.

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L i n k


A mais bela decolagem:




Postagens sobre aviões, inclusive acidentes, procure clicando no "Índice de todos os meus tópicos", à direita ao acessar o blog.

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Próxima postagem:

A família que escapou do massacre - ADHONEP

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