I - AERONAVES e suas tantas histórias... tantas!
Finalmente encontrei algo que há muito procurava, um texto sobre a SAVAG, cujos aviões vi tantas vezes decolar e aterrissar no pequeno aeroporto de minha terra natal!
O pós-guerra foi marcado pela expansão da aviação regional no Brasil. Em janeiro de 1947, Augusto Otero e Gustavo Kraemer, com o apoio das Indústrias Leal Santos, compraram três aeronaves Lockheed Lodestar da Empresa Aérea Cruzeiro do Sul. Foi o início das operações da Savag (Sociedade Anônima Viação Aérea Gaúcha), empresa fundada por eles, na cidade de Rio Grande, no ano anterior. Dois acidentes, porém, marcaram tragicamente a história da Savag. O primeiro, ocorrido em 1949, deixou oito mortos. O Lodestar PP-SAC caiu logo após decolar de Pelotas. O segundo, em 1950, ocorreu em São Francisco de Assis. O Lodestar PP-SAA, voando baixo devido ao mau tempo na rota Porto Alegre-São Borja, acabou batendo em uma árvore. Entre os 12 mortos estava Gustavo Kraemer, um dos fundadores da empresa. Nesse segundo acidente morreu também o senador e primeiro Ministro da Aeronáutica Joaquim Pedro Salgado Filho, que hoje empresta seu nome ao Aeroporto Internacional de Porto Alegre. Enfraquecida, e operando somente uma linha entre a capital gaúcha e Curitiba, em 1966, a Savag foi incorporada à Cruzeiro do Sul.
Extraído do site Almanaque Gaúcho - Ricardo Chaves com Luís Bissigo
A primeira vez que voei foi em um Beechcraft da FAB, talvez o mesmo modelo que aparece nas cenas finais de "Casablanca", famoso filme que ganhou em 1943, ano em que nasci, o Oscar de melhor filme, melhor diretor e melhor roteiro adaptado.
E no início da adolescência o grande filme sobre iminencia de desastre aéreo - um tema fertil mais tarde - foi "Um fio de esperança" (The Power and the Mighty), do ano 1954, um dos primeiros em CinemaScope que assistíamos no cinema e líamos a história na revista Filmelândia.
No grupo de belas comissárias de bordo equatorianas, uma jovem casada com um sobrinho de minha mulher. Quando ele visitou seu país com amigos começaram a namorar. Como ele vivia em Nova York e não podiam encontrar-se com frequencia, ela fez o curso de comissária de bordo e viajava até lá para encontrá-lo. Sem dúvida, uma linda história aérea de amor com os pés no chão!
Aposentado há alguns anos, um primo da Anneli, que nasceu de pais missionários do Exército de Salvação na Indonésia*, piloto por muitos anos, foi comandante dos Douglas DC-10 da Finnair que faziam a linha Helsinki-Nova York. "Hoje em dia não há mais o romantismo em torno da profissão de piloto como havia no passado", declarou-me na última vez que conversamos sobre aviões.
Meu concunhado, que trabalhou na Embraer como engenheiro, enviou-me este postal histórico.
http://paulofranke.blogspot.com/2011/05/sentar-se-janela-lembrancas-da-antiga.html